ACORDO ORTOGRÁFICO

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sábado, 21 de janeiro de 2017

AINDA QUE DISFARÇADA, A AUSTERIDADE CONTINUA, MESMO NO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE



Uma eleição mudou o Bastonário da Ordem dos Médicos, lugar agora ocupado pelo dr Miguel Guimarães que, na sua primeira entrevista nesta condição se referiu ao Serviço Nacional de Saúde que considera necessitar de uma reforma muito urgente.
A este propósito, o dr Guimarães diz “Foquemos-nos no setor público: o SNS neste momento está naquilo a que chamo de rampa inclinada. Isto é: o grande desinvestimento que foi feito sobretudo nos últimos anos e que se iniciou com o ministro Paulo Macedo e que o actual ministro está a continuar está a colocar o SNS em sério de risco de não continuar a proporcionar aos doentes os cuidados de saúde que proporcionou num passado mais recente.”
Quanto ao caos que frequentemente se instala sobretudo nas urgências hospitalares, afirma que vai continuar a acontecer “porque o plano de contingência que o Ministério da Saúde prepara não serve de nada. É preciso informar as pessoas sobre comportamentos e hábitos. Mas esta educação não se faz numa semana ou duas.”
Continuando, afirma que “A reforma dos serviços de urgência passa pelos cuidados de saúde primários. Reforçá-los, ter centros de saúde abertos mais horas e mais tarde, ter acesso a exames mais simples e a literacia é fundamental. Passamos a vida a falar nisto mas ninguém liga puto a isto”.
Por tudo isto culpa a falta de investimento que para ser superada, como terão afirmado outros bastonários de Ordens no domínio da saúde, necessitaria de um valor superior a mil milhões de euros que o actual Orçamento de Estado não contempla.
É pena que um Serviço de Saúde que já foi considerado um dos melhores, agora se degrade não por culpa dos seus técnicos mas da falta de atenção que o governo lhe dedica, nada comparado com o que tem pela “economia”.
Afinal, ainda que disfarçada por algumas medidas populistas, a austeridade continua.
Os cortes de financiamento na saúde é um dos aspectos graves da austeridade, não apenas pelos incómodos que causa aos que, como eu, se serve do SNS, porque os que os determinam utilizam outros, mas também porque acabam por sair caros.

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