ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

DESEQUILÍBRIOS PERIGOSOS



Não me parece que 2017 seja um ano muito calmo na política portuguesa.
São de duas ordens os motivos que causam esta preocupação, a instabilidade de que a Geringonça começa a dar sinais e as exigências externas para que o governo tome novas medidas para garantir o sucesso de um Orçamento de Estado que a muita gente parece cheio de alçapões.
De facto, as medidas mais imediatas e mais simples foram tomadas neste primeiro ano de governação, no qual seria natural os partidos mais à esquerda darem uma certa margem de manobra num período de adaptação para medidas mais extremas onde as divergências vão ser profundas.
É um estado de coisas que aquelas frases de circunstância como “a Direita tem de compreender que esta Câmara deixou de ser uma caixa de ressonância do governo”, não disfarçam.
As divergências vão ser cada vez maiores, à medida que PCP e BE exigirem as medidas que os seus princípios ideológicos impõem e o PSD já mostrou que não está disposto a substituir os aliados de ocasião do PS, como aconteceu com a descida da TSU.
Deste modo a margem de manobra do PS fica muito reduzida para os acordos que um governo minoritário não pode deixar de fazer.
Por outro lado, ficou evidente que o limite do défice foi atingido porque medidas excepcionais o permitiram, o que significa que as finanças nacionais ainda não estão equilibradas e que, em próximos Orçamentos poderão ser necessários artifícios que garantam que as metas definidas sejam atingidas.

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