ACORDO ORTOGRÁFICO

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domingo, 15 de janeiro de 2017

O MUNDO DE PERNAS PARA O AR




( aqui está o anticiclone dos Açores que, de novo, se deslocou para leste e se voltou a constituir numa barreira para os gélidos ventos vindos das regiões árticas, o que torna, em Portugal, o clima mais ameno. Ao menos valha-nos isso)

Sobretudo nestes dias mais frios, olha-se mais a televisão no conforto de uma casa que as agradáveis explanadas de Verão agora nos não proporcionam.
Mas os programas que a televisão nos mete em casa não substituem as conversas de amigos que devem ter ficado no quentinho também e, por isso, restam-nos uns programas que, além de chatos são repetidos à exaustão, porque até para as televisões a vida está chata e difícil ou talvez para nos exercitar as capacidades de memória que o tempo nos vai roubando.
Já aprendi nomes de peixes que nem imaginava que existiam assim como de coisas que nem imaginava que se comiam e, com tudo isto, quase já aprendi a cozinhar. Mas tal como as passagens de modelos não mostram roupa para vestir, também aquela comida me não parece a melhor para comer.
Detesto tatuagens mas, com os programas que passam constantemente, qualquer dia vou fazer uma, talvez na planta do pé, até para nem eu a ver.
Fico a saber da vida de muita gente quando já me bastaria saber da minha, das desgraças que acontecem, do que pensam os que não dizem o que pensam mas que os “especialistas” do mistério sabem desvendar, oiço falar de futebol a toda a hora e cada vez mais me parece que pouco haverá quem saiba dessa “ciência”, oiço algumas requintadas teorias que nunca vi a realidade tornar ciência, programas da vida animal, sobre aquela biodiversidade de que as espécies se reduzem em centenas ou milhares a cada dia, mostram-me calhaus com mais de não sei quantos milhões de anos, programas de problemas sexuais já nem são novidade, o humor tornou-se num chorrilho de palavrões, mas dos maiores problemas do mundo não há quem fale.
Dos políticos oiço aquelas discussões sem jeito que me não dizem nada senão que a luta pelos seus lugares lhes dá muito trabalho, mas cada vez mais me apercebo da sua ignorância sobre aquilo que, com mais cuidado, deveriam analisar e gerir.
Não posso deixar de mencionar os “olá” estridentes da Teresa, nem as conversas sem nível dos membros da “orquestra” que ela rege.
Enfim, estes dias muito frios e secos que a persistência do Anticiclone dos Açores, anormal nesta altura do ano, nos faz sofrer, vão nos trazer muitos problemas! Mas para que pensar nisso agora? Quando acontecerem logo veremos o que fazer...
E parece que o mundo está virado ao contrário!


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