Quem
poderá admirar-se de que o Caso Marquês, de adiamento em adiamento, se
prolongue por tanto tempo, se a cada semana que passa mais um passarão cai na panela onde se cozinha a maior mixórdia que, em toda a minha já longa vida, eu vi?
Faz-me
lembrar aquele dito que “a cada cavadela, minhocas…”
A
notícia de hoje diz que, depois de Salgado, também na “sexta-feira (24), Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, antigos gestores
da Portugal Telecom, foram constituídos arguidos neste processo, ambos por
suspeitas “da prática de factos susceptíveis de integrarem os crimes de fraude
fiscal, corrupção passiva e branqueamento".
É de recordar que este passo judicial
surge alguns meses depois das buscas feitas às residências dos dois ex-gestores
da PT, ordenadas pelo Ministério Público. Em causa estariam as alegadas 'luvas'
pagas a José Sócrates pelo Grupo Espírito Santo e que teriam a ver com negócios
que envolviam a PT”.
Cada
vez mais me convenço de ser esta uma teia sem fim de artimanhas de um grupo
que, em determinada altura se apoderou do poder e fez com ele o que entendeu!
Às
vezes acontece, encontram-se todos ao mesmo tempo…
Pior
do que isso, brincou com o poder e com todos nós quando, empertigados e com ar
de santinhos, recebiam os louvores que os justos nunca tiveram, de que aqueles
que se preocupam com os outros seriam merecedores mas jamais passam de ser
ignorados e, mais do que isso, prejudicados pelo que se dá a quem não merece.
Começo
a convencer-me que, daqui a um ano, ainda andará a investigação a caçar ratos,
tantos são os que constituem esta rede complexa de manigâncias que os fez
multimilionários.
Já
me não admiro da desfaçatez com que Sócrates se rebela contra estes adiamentos
dos prazos de investigação, mesmo sabendo que mais ratos ainda estão escondidos.
A
continuar assim, não sei se viverei tempo bastante para ver o fundo a este “tacho
sem fundo”.
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