ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

COM O PASSO TROCADO



Eu já tinha escrito aqui que as coisas iriam complicar-se lá para os lados da Geringonça, onde a receita que permitiu a Costa tomar o poder sem o ganhar em eleições, chegou ao fim.
Agora duas coisas podem acontecer, ou a Geringonça se esgota por falta de ideias que a alimentem ou vai mais adiante, embrenhando-se pelos campos das ideologias PCP e BE onde, aliás, muitos socialistas parecem sentir-se muito bem. Até certo ponto, já se vê, e um segundo momento de confronto acontecerá.
No caso de a Geringonça se esgotar, podemos pensar que as coisas correram suficientemente bem para o PS que, se realizadas eleições por esta altura, ele já teria votos bastantes para uma maioria que lhe permitiria governar sozinho ou, se assim não for, a feira que vai montar-se será digna de ser vista.
É nítido que as divergências começam a surgir cada vez mais difíceis de ultrapassar, quando o conseguem ser.
O Secretário Geral da CGTP, Arménio Carlos diz agora que “A CGTP defende que os acordos entre o Governo e o PCP e o Bloco de Esquerda (BE) estão "praticamente esgotados" e que são necessários novos compromissos na área laboral, sem os quais "a coisa pode complicar-se", pelo que, afirma, que o processo de negociações "tem de ser evolutivo e procurar ir mais longe".
E se forem e disso resultarem benefícios que nos satisfaçam, talvez seja boa a miscelânea que resulte, pelo menos durante mais algum tempo.
O pior é que outro tempo está a chegar, se é que não chegou já, um tempo com características para as quais não existe partido. Ou melhor, até julguei que existisse quando li o documento inicial do recém formado PAN (Pessoas, Animais e Natureza) que, infelizmente, apenas vejo dedicar-se aos cães e gatinhos abandonados, já falou de touradas, mas que perece que de Pessoas e do Ambiente de que necessitam para viver pouco ou nada sabe. É pena.
Estará, deste modo, Portugal preparado para o futuro próximo? Eu creio que não. Para o mais distante, estará ainda muito menos pois os nossos políticos nem ideia farão do que possa ser.
Enfim, não sei o que sucederá por aqui em termos de ideologias, mas parece-me que vamos com o passo diferente do que, lá por fora, parecem estar a querer ir e alguns já vão.

Sem comentários:

Enviar um comentário