ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

AFINAL O MINISTRO MENTIU OU NÃO? MAIS VALE ESCLARECER.



Não faço ideia do que tenha sido garantido, ou não, ao gestor convidado para presidente da administração da Caixa Geral de Depósitos que pôs como condição não apresentar a declaração de rendimentos prevista na lei.
Sabe-se que a condição para aceitar foi essa e que, mesmo assim, ele foi empossado e enquanto lá esteve terá feito bom trabalho.
Sendo assim, a conclusão lógica é a de que a condição foi aceite ou, então, a de que o homem é louco.
O que se passou nas conversas que houve ou mesmo a razão por que foi feita legislação específica sobre o assunto, eu não sei. Apenas é do meu conhecimento o que dizem a Comunicação Social e os que acusam o ministro das finanças de ter mentido dizendo que não acordou nada especial com António Domingues.
Manter este diz que disse e que não disse não faz sentido algum e, por isso, penso que a questão deve ser resolvida rapidamente para que não restem dúvidas, o que parece que pode acontecer se o ministro se dispuser a voltar à Comissão de Inquérito para esclarecer as dúvidas que possam subsistir ou quaisquer novos documentos levantem.
Diz o ditado que quem não deve não teme e diz a lei que ministro não está acima dela.
Entretanto, António Domigues já não é administrador, outro administrador já foi nomeado, a Caixa pode prosseguir o seu caminho e espera-se que o tão falado financiamento aconteça, o que o esclarecimento que a Oposição solicita não impede.
As razões que vejo apresentar pelo Governo e pelos partidos que, circunstancialmente, o apoiam, são de que não existe qualquer papel assinado pelo ministro a concordar com a exigência de Domingues e pedem tranquilidade para que o financiamento se possa fazer.
Parece-me uma desculpa frouxa e sem sentido porque me parece muito mais útil à paz social e ao futuro da Caixa o esclarecimento definitivo e rápido que ponha fim à questão que impede, não sei porque, o financiamento de que necessita.
Quando vejo tanta gente interessada em que um esclarecimento tão simples se não faça do modo e no local onde deve ser feito, não posso deixar de pensar que alguma coisa haverá para esconder e ficarei a pensar que, um dia, um ministro mentiu.
Preferia que fosse esclarecido que não.

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