ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

POUPAR NO PÓ



Acabo de ler um texto que me avisa, “atenção que Trump é popular”, tal como o dizem as sondagens e o mercado que, em Wall Street, parece encantado com as decisões que ele toma.
Não fico surpreendido. Antes pelo contrário!
Apesar de todas as críticas que tenho feito a alguém que pode perceber muito de construção mas que do mundo nada entende, nas quais nem uma vírgula altero, Trump apareceu no momento em que cada vez mais gente está a ficar farta do modo de fazer convencional, de uma democracia permissiva e descuidada, de uma alternância que serve “banquetes”, cada um aos seus, deixando todos os mais de fora, de corruptos que se servem do poder para enriquecer, de desigualdades cada vez maiores, de tal modo que atingem limites insuportáveis quando, para cumprir promessas eleitorais se dá uma migalha para, em troca, se exigir um pão!
Os políticos desenvolveram verdadeiras habilidades de prestidigitação com que nos seduzem e nos chegam a fazer crer nas suas boas intenções.
Sem dúvida que a mudança é necessária num mundo que já não suporta tanto equívoco e tanta mentira.
E, assim sendo, vai-se formando uma maioria ávida dos “messias” que irão salvar o mundo que, todos começam a entender, segue por maus caminhos e se encontra já próximo do precipício em que pode cair.
Somente, em vez da pausa reflexiva que nos pudesse mostrar os melhores caminhos a seguir e da cooperação que nos tornasse capazes de os trilhar, parece levar vantagem a aceleração dos erros maiores que já cometemos, os quais nos levarão ainda mais rapidamente ao desastre.
Entretanto a banha da cobra a que os pantomineiros vão atribuindo poderes milagrosos, vai vendendo bem…
Pena que o primeiro tenha sido o Trump que segue por caminhos errados!
Talvez já não valha a pena chorar porque desgraças podem estar a caminho e o falar em pantomineiros recordou-me uma anedota, daquelas que não precisa de palavrões para fazer rir.
O pantomineiro vendia uns frasquinhos com um pó que eliminava rapidamente as pulgas. Vendia dezenas deles. Mas uma senhora daquelas a que o tempo deu saber, perguntou: "olhe lá, como se usa o pó?
O pantomineiro explicou: "a pulga pica e, como de costume, coloca um pouco de saliva no dedo e apanha a pulga. Abre-lhe a boca e nela despeja o pó. A pulga morre".
- "Então, se agarro a pulga, mato-a como de costume"
- "Boa ideia e poupa o pó!"   

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