Hoje
é o Dia Internacional da Língua Materna, um dos pilares mais fortes da
nacionalidade, a qual, por isso devemos usar e preservar com o maior dos
cuidados.
Infelizmente,
não é esse o caso e são outras as razões que fazem com que a Língua Materna não
seja respeitada como o deve ser, sendo, em vez disso, desprezada e maltratada,
mais e mais a cada dia que passa.
Nem
sei, mesmo, se é correcto dizer que ainda seja falada aquela que, desde sempre,
foi a de Portugal.
E
não me refiro apenas ao famigerado Acordo Ortográfico que não correspondeu à
natural evolução que, com o tempo, a língua naturalmente sofre, mas sim a
interesses que, de modo algum, conseguiu alcançar e a cuja correcção de erros e
de disparates mais flagrantes, como os reconhecidos pela Academia das Ciências,
o Governo se opõe!
Também
não fiquei muito admirado, por tantas vezes que me dou conta de como há muitos políticos que pouco bem sabem
falar.
Além
disso, com acordo ou sem acordo, é a toda a hora que se substituem palavras de
português por outras, de um modo geral inglesas e sem qualquer necessidade de o
fazer, apenas por mera estupidez ou bizarria que vai tornando a nossa língua um
“crioulo” do inglês.
O
mesmo se passa com as expressões idiomáticas que cada vez mais se afastam das
que eram habituais e correntes, do que é claro exemplo trocar o clássico “24
horas por dia” pelo inglesado e piroso “24 sobre 24 horas” e outras coisas como
aquela confusão entre pontos e vírgulas que nos deixa sem saber se o défice foi
dois ponto três ou dois ponto um, quando deveríamos dizer dois vírgula qualquer
coisa!
Poderia
referir dezenas de palavras que correntemente são mal ditas, mesmo por quem
seria suposto saber dize-las bem, tal como é o já vulgar “entreti-me” e muitas
mais.
Tenho
aqui escrito, por diversas vezes, sobre o miserável acordo ortográfico que razões
tão pouco sensatas, mesmo descabidas, fizeram aprovar sem que o objectivo
invocado se alcançasse.
Tempo
desperdiçado que uso melhor na decisão de continuar a escrever como antes
escrevia, mesmo que considere que algumas das alterações podem ser aceitáveis.
De
nada valeu a pena o que tenha dito e, por isso, como diria o meu saudoso amigo
Zé Pereira, “eu não devia ter feito este rodízio, mas fizi-o”.
Por
que não falar assim?
Atingi
o target? Obviamente, não!
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