A
possível existência de vida no Universo, para além da que existe na Terra e
que tão afadigadamente procuramos como se tivéssemos medo de estar sós nesta imensidão, coloca-nos questões que, para além das
científicas, são extremamente sérias.
A
nossa fantasia, espelhada em muitas histórias e filmes muito imaginativos
quanto ao que será a realidade universal e o futuro, apenas aborda questões
materiais e os conflitos que, apesar de tudo, serão inevitáveis entre seres
inteligentes que, porventura, em diversos lugares distantes, tenham constituído
sociedades organizadas, mais ou menos evoluídas do que a nossa.
Há
questões éticas e morais que nos levam a perguntar o que poderá ser um encontro
entre seres distintos, as quais não serão obrigatoriamente amigáveis.
Para
além disso haverá, sempre, um tronco comum, uma origem comum como a que fenómeno
inicial que o Big Bang criou, tal como a Ciência o demonstrou em experiências
recentes que confirmaram a existência de uma partícula mínima, o bosão de
Higgs, através da qual um universo de energia pura se transforma em massa, parte da
qual se constitui tudo aquilo de que nos damos conta e que, vertiginosamente se espalha no espaço infinito.
Mas
uma outra parte da massa criada, a maior, não a conseguimos detectar materialmente, dando lugar
a curiosíssimas reflexões sobre o universo que constitua e que poderá ser, por
exemplo, paralelo ao nosso, a tal quinta dimensão que a ficção
humana já aborda também.
Nem
imagino a quantidade de hipóteses que a nossa imaginação pode construir a
partir do que já é sabido, mas que não sei se alguma vez conseguiremos saber mais,
já que o materialismo que as necessidades tendem a aumentar em vez de reduzir
como seria de bom senso para equilibrar a vida humana com a Natureza de que é
parte, poderão, segundo a própria Ciência, ser a causa do fim precoce desta
Humanidade que não passa de uma das imensas espécies que vão aparecendo e
desaparecendo ao longo de milhões de anos nesta Terra que habitamos.
O
Planeta dos Macacos, um filme que, decerto, toda a gente viu, é uma abordagem singela de um futuro que poderá acontecer.
O
que não quer dizer que nos não interessemos pelo que possa acontecer naqueles planetas "próximos" que a Nasa acaba de descobrir e
que se situam a quarenta milhões de anos luz (1 ano luz é, em quilómetros, igual
a cerca de 365 x 24 x 60 x 60 x 300.000 (dias, horas, minutos, segundos e
velocidade da luz em km/segundo)!
É
a nossa inteligência naturalmente curiosa a funcionar para saber mais, mas pouco cuidadosa com o uso que faz com aquilo que já conhece!
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