ACORDO ORTOGRÁFICO

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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

VIDA PARA ALÉM DA TERRA?



A possível existência de vida no Universo, para além da que existe na Terra e que tão afadigadamente procuramos como se tivéssemos medo de estar sós nesta imensidão, coloca-nos questões que, para além das científicas, são extremamente sérias.
A nossa fantasia, espelhada em muitas histórias e filmes muito imaginativos quanto ao que será a realidade universal e o futuro, apenas aborda questões materiais e os conflitos que, apesar de tudo, serão inevitáveis entre seres inteligentes que, porventura, em diversos lugares distantes, tenham constituído sociedades organizadas, mais ou menos evoluídas do que a nossa.
Há questões éticas e morais que nos levam a perguntar o que poderá ser um encontro entre seres distintos, as quais não serão obrigatoriamente amigáveis.
Para além disso haverá, sempre, um tronco comum, uma origem comum como a que fenómeno inicial que o Big Bang criou, tal como a Ciência o demonstrou em experiências recentes que confirmaram a existência de uma partícula mínima, o bosão de Higgs, através da qual um universo de energia pura se transforma em massa, parte da qual se constitui tudo aquilo de que nos damos conta e que, vertiginosamente se espalha no espaço infinito.
Mas uma outra parte da massa criada, a maior, não a conseguimos detectar materialmente, dando lugar a curiosíssimas reflexões sobre o universo que constitua e que poderá ser, por exemplo, paralelo ao nosso, a tal quinta dimensão que a ficção humana já aborda também.
Nem imagino a quantidade de hipóteses que a nossa imaginação pode construir a partir do que já é sabido, mas que não sei se alguma vez conseguiremos saber mais, já que o materialismo que as necessidades tendem a aumentar em vez de reduzir como seria de bom senso para equilibrar a vida humana com a Natureza de que é parte, poderão, segundo a própria Ciência, ser a causa do fim precoce desta Humanidade que não passa de uma das imensas espécies que vão aparecendo e desaparecendo ao longo de milhões de anos nesta Terra que habitamos.
O Planeta dos Macacos, um filme que, decerto, toda a gente viu, é uma abordagem singela de um futuro que poderá acontecer.
O que não quer dizer que nos não interessemos pelo que possa acontecer naqueles planetas "próximos" que a Nasa acaba de descobrir e que se situam a quarenta milhões de anos luz (1 ano luz é, em quilómetros, igual a cerca de 365 x 24 x 60 x 60 x 300.000 (dias, horas, minutos, segundos e velocidade da luz em km/segundo)!
É a nossa inteligência naturalmente curiosa a funcionar para saber mais, mas pouco cuidadosa com o uso que faz com aquilo que já conhece!


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