Quando
falamos dos nossos problemas, das dificuldades que sentimos, nem imaginamos que
existe um mundo onde o problema maior é existir, porque nele é demasiado
difícil sobreviver!
São
milhares de milhões os marginalizados, os roubados do direito de viver num
mundo que também é seu.
Não
imaginam o que seja felicidade enquanto nós, preocupados, por vezes com
pequenos nadas, nem sequer nos lembramos de que existem e que, tal como na lei
que fizemos afirmamos, são nossos iguais nos direitos com que nascem, mas que nos apressamos a rouba-lhes ao nascer.
É
natural que os que sobrevivam procurem melhor lugar para viver sem tanto sofrimento
que o nosso egoísmo lhes impõe.
Fechamos-lhes as portas?
Fechamos-lhes as portas?
No
ar o cheiro macabro da morte,
De
um inocente que não sabe por que sofre,
Nem
imagina o por que da sua sorte
De
vir ao mundo sem mesmo ser alguém.
Abandonado
no nada, sem ninguém
Que
de si cuide, nem um beijo lhe dê,
Um
gole de água para matar a sede,
De
pão um naco para matar a fome,
De
um verde qualquer uma só folha,
Antes
que, bem depressa, se transforme
No
festim do abutre que o olha…
RC
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