Continuo
a dizer que não tenho como afirmar que Sócrates seja culpado de todos os crimes
de que é suspeito, por mais que aquilo que se vai sabendo o aponte como tal.
Aliás,
já no caso do Freeport o desfecho soou a falso, pois tudo mostrava a culpa de
Sócrates que o tribunal não reconheceu perante as afirmações, as contradições e
as provas que não foram aceites.
Agora,
o caso Marquês deve ter chegado ao auge e as provas devem estar quase
conseguidas, num processo tão complexo e com tantos intervenientes que,
provavelmente, nem a máfia faria melhor.
Não
admira, pois, que seja tão difícil investigar uma teia tão complicada e que
levou anos a tecer com procedimentos tão elaborados que torna razoável o tempo
de investigação que já leva.
A
reacção de Sócrates perante as últimas provas que se conhecem parecem-me mais de
alguém desesperado do que de quem está seguro das razões que invoca.
Seja
como for, não parece que se possa aguentar muito mais tempo sem uma acusação e
um desfecho de julgamento que não deixe dúvidas, daquelas que resultam de
expedientes que ilibam evidentes culpados.
Creio
que, tal como a esmagadora maioria dos portugueses, espero um desfecho tão
urgente quanto possível e que castigue, bem duramente, quem for culpado, quer
por crimes que tenha cometido quer por incapacidade para os investigar.
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