É verdadeiramente extraordinário
o que um deputado pode fazer para além das suas funções no Parlamento.
Pelo que estou a escutar num
programa televisivo que fala sobre as “acumulações” dos representantes do povo,
há quem, por certo, tem poderes que não há super-heróis que os exibam, tão
extensa é a lista das coisas importantes que fazem.
Longas listas de lugares de
responsabilidade, decerto bem remunerados, são os “extras” de uma actividade
que deveria ser realizada a tempo inteiro ou será que a função de nos
representar e defender os nossos interesses, é o “bico” que acrescentam às
importantes funções em grandes empresas ou grupos empresariais?
Fiquei chocado pela exibição de
oportunismo que, numa actividade que deveria ser um sacerdócio e que, por ser
considerada um “sacrifício a favor da sociedade”, confere regalias afrontosas
da maioria dos seus “representados” que nenhumas têm, possa haver quem faça
disso um simples meio de ascensão social que, em pouco tempo, o leva do nada ao
topo!
Quantos deles estão agora a
braços com a Justiça e quantos mais virão a estar? A questão é saber se a Justiça tem mão para lhes pegar.
Poderemos aceitar que andam por
ali os únicos seres capazes deste país, sem o saber e a competência dos quais
as grandes empresas não podem passar ou teremos de, no futuro, ser mais cuidadosos
com quem escolhemos?
Quando nos livraremos da
subserviência que nos deixa de cócoras perante este tipo de gente de tantos
recursos e deixamos de lhes permitir estas oportunidades de serem os “homens do
olho” em terra de cegos?
Afinal, se lhes sobeja tanto
tempo para fazer outras coisas, porque se não reduz drasticamente o seu número?
É uma gordura que não faz falta alguma e cujo corte aos contribuintes dá jeito.
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