É evidente a insegurança de
Seguro nesta altura de grandes dificuldades para o país e para ele próprio. O
seu coração balança entre duas preocupações, a de ajudar o país e o medo das
consequências de poder perder as eleições autárquicas que se aproximam.
Um patriota de verdade, um
político preocupado com o povo em nome do qual diz trabalhar, não hesitaria um
segundo na escolha a fazer, pois escolheria o seu país, o seu povo martirizado
para quem as divisões sobejam. Mas não acredito que, deliberadamente, faça o
que sabe ser melhor para o seu país porque teria de enfrentar os que, dentro do
PS, não se cansam de lhe fazer a vida negra e para os quais o país é coisa que
talvez nem saibam muito bem o que seja senão para a concretização dos seus projectos
de poder.
É uma má nota que dão de si quer
o PS quer o seu Secretário Geral, o que, aliás, não é de estranhar vindo de
quem insiste em criticar nos outros o que eles próprios fizeram.
Tempos maus que se aproximam
quando de melhores tempos já estávamos a esperar, poderão ser piores ainda se
os políticos portugueses não assumirem, totalmente, as responsabilidades que
são suas, de tudo fazerem para sairmos desta fogueira ardente que ameaça
consumir-nos.
Há no espetro político português
figuras que deveriam ser banidas de uma vez por todas, figuras ridículas e
mesquinhas que não merecem representar nem as pedrinhas da calçada.
Ressabiados uns, enraivecidos
outros e outros, ainda, para os quais uma grande confusão poderá evitar
aborrecimentos maiores nos julgamentos que,
se as coisas correrem bem, não poderão deixar de ser feitos a tantas coisas por
que são responsáveis, em vez de contribuírem para o esforço comum de que
Portugal necessita para ressurgir, parecem apostados em gerar a confusão que,
em vez disso, o perderá.
Assim, em vez dos filhos tais
que, um dia, fizeram ditosa a Pátria, como o Poeta cantou, restar-nos-á
lamentar estes filhos que desditosa a Pátria fazem!
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