ACORDO ORTOGRÁFICO

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terça-feira, 3 de julho de 2012

DO POÇO SEM FUNDO AO TÚNEL SEM FIM


(Notícia de hoje: Dez mil famílias e empresas arrastadas para a falência no primeiro semestre)
Há coisas que, a cada dia que passa, se vão tornando mais complicadas e difíceis.
Andam os “crânios” deste mundo afadigados na procura de soluções para problemas que parecem não os ter. Cresce, sem parar, o número dos que não sabem que voltas hão-de dar à vida para satisfazer as suas mais básicas necessidades!
Já é raro escutar um discurso que não seja de mau agoiro, ainda que sejam cada vez mais os que afirmam conhecer as soluções para os problemas que nos incomodam e, consequentemente, saber o que se deveria fazer, ao contrário dos que governam e podem tomar decisões que, em seu juízo, nem o sabem nem de o fazer são capazes.
O discurso tornou-se redondo, cheio de redundâncias pestilentas e vazio de ideias frescas, outras que não as do costume. Nem as mais eminentes figuras do mundo, “prémios Nobel” incluídos, escapam à vulgaridade deste andar à toa num mundo de contradições, de fenómenos incompreendidos, de soluções que não resultam, de incapazes para indicar o bom caminho, de famintos em número que cresce, de pobreza que não pára de alastrar.
Aumenta o número de famílias que, de uma vida sem problemas passaram a confrontar-se com todos os problemas da vida, a ponto de se declararem incapazes de os resolver. O mesmo se diz das empresas, das quais todos os dias temos notícias de falências que fazem crescer o número dos que, sem emprego, engrossam as fileiras dos candidatos à tortura da indigência.
Que é preciso bater no fundo para voltar a subir, dizem uns. Que é preciso chegar ao fim do túnel para voltar a ver a luz, dizem outros! Ideias banais que em cantigas vulgares já nos foram transmitidas, como naquela que diz: “mas não te esqueças que a boa estrada sempre aparece depois da má terminada”.
Mas nem o poço tem fundo, nem a má estrada termina e nem do túnel se vê o fim!

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