(Notícia de hoje: Dez mil
famílias e empresas arrastadas para a falência no primeiro semestre)
Há coisas que, a cada dia que
passa, se vão tornando mais complicadas e difíceis.
Andam os “crânios” deste mundo
afadigados na procura de soluções para problemas que parecem não os ter. Cresce,
sem parar, o número dos que não sabem que voltas hão-de dar à vida para satisfazer
as suas mais básicas necessidades!
Já é raro escutar um discurso que
não seja de mau agoiro, ainda que sejam cada vez mais os que afirmam conhecer
as soluções para os problemas que nos incomodam e, consequentemente, saber o
que se deveria fazer, ao contrário dos que governam e podem tomar decisões que,
em seu juízo, nem o sabem nem de o fazer são capazes.
O discurso tornou-se redondo, cheio
de redundâncias pestilentas e vazio de ideias frescas, outras que não as do
costume. Nem as mais eminentes figuras do mundo, “prémios Nobel” incluídos,
escapam à vulgaridade deste andar à toa num mundo de contradições, de fenómenos
incompreendidos, de soluções que não resultam, de incapazes para indicar o bom
caminho, de famintos em número que cresce, de pobreza que não pára de alastrar.
Aumenta o número de famílias que,
de uma vida sem problemas passaram a confrontar-se com todos os problemas da
vida, a ponto de se declararem incapazes de os resolver. O mesmo se diz das
empresas, das quais todos os dias temos notícias de falências que fazem crescer
o número dos que, sem emprego, engrossam as fileiras dos candidatos à tortura
da indigência.
Que é preciso bater no fundo para
voltar a subir, dizem uns. Que é preciso chegar ao fim do túnel para voltar a
ver a luz, dizem outros! Ideias banais que em cantigas vulgares já nos foram transmitidas,
como naquela que diz: “mas não te esqueças que a boa estrada sempre aparece
depois da má terminada”.
Mas nem o poço tem fundo, nem a
má estrada termina e nem do túnel se vê o fim!
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