Ainda não percebi se são menos
dotados de entendimento ou mal intencionados, mas ouvindo estes analistas que
logo se empertigam para criticar seja o que for e para debitar palpites que,
afinal, não são nada, fico com a impressão de que nem sabem bem do que falam.
Mas piores do que eles me parecem ser
os "moderadores" que lhes sugerem os temas e, mesmo até, os espicaçam
com perguntas em que fazem renascer ideias ou casos que já deviam estar mais do
que esclarecidos e sanados. Sei que é função deles a provocação que cria “casos”
que são a sua razão de ser, a causa da sua existência, mas, não raras vezes,
dão provas de uma pobreza de imaginação que só nos pode deixar estarrecidos.
Passos Coelho, conscientemente ou
não, disse há tempos que teríamos de “empobrecer”, o que, se ele pensou em
baixar o nível de vida que levámos sem poder, até níveis compatíveis com as
nossas capacidades, lhe dá toda a razão. Mas se o disse na esperança de um dia
os voltarmos a recuperar, então estará tão equivocado como tantos que tardam em
ver a realidade de um mundo que, longe de equilibrado, está a cair na mais
profunda agonia económica alguma vez sentida. É a situação característica de um
fim de ciclo!
Andamos há muito tempo a falar dos
graves problemas da Grécia, da Irlanda e de Portugal sem nos recordarmos já da
origem de todos os seus males, dos crimes económicos cometidos nessa enorme
economia que os gerou mas os encobre, os Estados Unidos da América!
Para além disso não reparam,
sequer, neste mal do qual ninguém se cura e que alastra nesta Europa onde nem
só os “periféricos” dele sofrem.
A Espanha começa a seguir um
caminho que todos já por aqui conhecemos, com medidas nas quais deposita esperanças
de alívio rápido que, sabemo-lo bem, não irá acontecer.
Outros países se seguem e
seguirão, o Chipre, a Itália, a França e mais outros também, sucessivamente, numa
progressão que nada nem ninguém conseguirá evitar, ainda que alguns países a
consigam retardar pelas enormes potencialidades de grandes mercados internos
que ainda podem explorar, como são os casos da China, da India, e um pouco o
Brasil onde os crescimentos económicos já se ressentem fortemente do drama
mundial em que todos participamos.
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