ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 11 de julho de 2012

CEGO MESMO É O QUE NÃO QUER VER


Ainda não percebi se são menos dotados de entendimento ou mal intencionados, mas ouvindo estes analistas que logo se empertigam para criticar seja o que for e para debitar palpites que, afinal, não são nada, fico com a impressão de que nem sabem bem do que falam.
Mas piores do que eles me parecem ser os "moderadores" que lhes sugerem os temas e, mesmo até, os espicaçam com perguntas em que fazem renascer ideias ou casos que já deviam estar mais do que esclarecidos e sanados. Sei que é função deles a provocação que cria “casos” que são a sua razão de ser, a causa da sua existência, mas, não raras vezes, dão provas de uma pobreza de imaginação que só nos pode deixar estarrecidos.
Passos Coelho, conscientemente ou não, disse há tempos que teríamos de “empobrecer”, o que, se ele pensou em baixar o nível de vida que levámos sem poder, até níveis compatíveis com as nossas capacidades, lhe dá toda a razão. Mas se o disse na esperança de um dia os voltarmos a recuperar, então estará tão equivocado como tantos que tardam em ver a realidade de um mundo que, longe de equilibrado, está a cair na mais profunda agonia económica alguma vez sentida. É a situação característica de um fim de ciclo!
Andamos há muito tempo a falar dos graves problemas da Grécia, da Irlanda e de Portugal sem nos recordarmos já da origem de todos os seus males, dos crimes económicos cometidos nessa enorme economia que os gerou mas os encobre, os Estados Unidos da América!
Para além disso não reparam, sequer, neste mal do qual ninguém se cura e que alastra nesta Europa onde nem só os “periféricos” dele sofrem.
A Espanha começa a seguir um caminho que todos já por aqui conhecemos, com medidas nas quais deposita esperanças de alívio rápido que, sabemo-lo bem, não irá acontecer.
Outros países se seguem e seguirão, o Chipre, a Itália, a França e mais outros também, sucessivamente, numa progressão que nada nem ninguém conseguirá evitar, ainda que alguns países a consigam retardar pelas enormes potencialidades de grandes mercados internos que ainda podem explorar, como são os casos da China, da India, e um pouco o Brasil onde os crescimentos económicos já se ressentem fortemente do drama mundial em que todos participamos.

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