Hoje calhou, mais uma vez, escutar
outro daqueles programas de antena aberta onde as pessoas podem dizer o que
lhes vai na alma a propósito de um tema que lhes é proposto. Hoje pretendia-se
que os participantes dissessem como ou onde iriam passar as suas férias neste
tempo de austeridade, nesta época sobretudo marcada pela subtracção do subsídio
de férias.
Seleccionei três respostas que
vou sintetizar de memória, as quais considero representativas de atitudes
distintas no modo de enfrentar e superar as dificuldades que más gestões de
anteriores governos provocaram.
Uma senhora disse que, nas
férias, iria fazer um cruzeiro que a levaria a diversos países, conforme o
programa que elaborou e preparou ao longo do ano. Criou o gosto de viajar com
os seus patrões que viajam muito, é com as informações que lhe trazem dos
lugares que visitam que faz os seus planos de viagens. Após o regresso de umas
férias inicia, de imediato, as poupanças que lhe permitirão viajar no ano
seguinte!
Outra senhora afirmou que
decidiu, com o seu marido, ir passar as férias na terra e fazerem a recuperação
do que lá possuem, a casa que querem tornar mais habitável e os campos que
desejam que voltem a ser produtivos. Afirmou que, tal como primeiro-ministro um
dia disse, pretendem, deste modo, fazer da crise uma oportunidade.
Em terceiro lugar, um senhor respondeu,
apenas, que com o roubo que este governo lhe fez do subsídio de férias, fica em
casa!
Não me parece que valha a pena
fazer aqui muitas considerações sobre os tipos de atitudes descritos, de alguém que não altera as suas rotinas, de alguém que cria uma oportunidade e de alguém que, simplesmente, coloca a culpa nos outros. As conclusões a tirar parecem-me óbvias mas teria muito interesse em conhecer as
conclusões de outros que, como eu, gostem de reflectir sobre o que ouvem ou vêem.
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