Aceito, sem reservas, que a
informação é um bem precioso que, por isso, deve ser preservado. Mas também
reconheço que nem sempre esse bem é da melhor qualidade e que, muitas vezes
até, se mostra de qualidade contrária à que a sociedade necessita para se
transformar naquilo que, inevitavelmente, terá de ser no futuro.
Não tem a informação contribuído
para compreender melhor esta “crise de fim de ciclo”, depois da qual um novo
modo de viver será inevitável.
A par de profissionais de
evidente qualidade que trabalham muito para que aquilo que digam seja o que
merece ser ouvido, lido e conhecido, outros há, não tão poucos assim, que não
me parece que merecessem, sequer, a carteira de jornalista.
Falo disto a propósito da Greve
da LUSA, a agência de informação a que o Governo, neste tempo de absoluta falta
de meios financeiros, decidiu cortar cerca de 30% no orçamento do próximo ano.
Por muitas razões me não parece
que seja justificável todo este escarcéu com greve e tudo, primeiro porque o
corte resulta da absoluta necessidade de “cortar”, depois porque competirá
também à Lusa, como a todos nós, suprir com espírito de sacrifício, imaginação
e organização as carências que a austeridade nos impõe.
Há sempre maneira de fazer
melhor, de organizar melhor e poupar em muita coisa que nestas circunstâncias
se revela dispensável.
De resto, todos estamos de acordo
que é preciso poupar desde que não seja naquilo que nos afecta.
Penso que perdeu a Lusa, perderam
os jornalistas da Lusa uma excelente oportunidade de mostrarem a sua real utilidade
e a sua solidariedade num país que precisa de todos, que precisa de tudo e não
especialmente de jornalistas que não consigam contribuir para a sua
recuperação.
Tenho a certeza de que não ficará
o país sem informação apenas porque os jornalistas da Lusa fazem greve. Depois
não se queixem se for notado que, afinal…
Eu penso que a greve da Lusa não faz sentido, com o o não fazem a dos estivadores que prejudicam outros trabalhadores que ganham bem menos, assim como fazem mais pobres os que já o são e, até, passam fome.
Somos livres de nos manifestar, mas temos o dever de colaborar na recuperação do país.
Eu penso que a greve da Lusa não faz sentido, com o o não fazem a dos estivadores que prejudicam outros trabalhadores que ganham bem menos, assim como fazem mais pobres os que já o são e, até, passam fome.
Somos livres de nos manifestar, mas temos o dever de colaborar na recuperação do país.
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