ACORDO ORTOGRÁFICO

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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O PLANETA DOS MACACOS?

Ainda não entendi muito bem, ou até nada, o papel da Comunicação Social neste momento tão difícil da vida de Portugal, quando tanta coisa está em risco e o futuro de nós próprios, dos nossos filhos e dos nossos netos não está assegurado, quando o acumular de tensões pode fazer explodir milhões de barris de pólvora.
Por vezes a “informação” cheira-me a mal dizer, outras vezes a conversa de chacha e, muitas vezes também, a provocação, raramente me dando conta do bom senso que dela deveríamos esperar ou do rigor do qual nunca deveria abdicar.
Qualquer jornalista sabe o que vai ouvir se entrevistar o D Januário ou o Otelo, por exemplo, cujos discursos não variam rigorosamente nada. Discursos prenhes de ideias feitas e de lugares comuns, de distorções graves da realidade e de agravos aos princípios que a Democracia nos impõe. Por isso não vejo onde, nessas entrevistas repetidas, esteja a novidade que a informação deve conter e sem a qual o não é.
E mais uma vez foi entrevistado o “célebre capitão de Abril” que, uma vez mais, também, vem falar de revolução e, desta vez, sem cravos!
Diz Otelo, numa entrevista à Lusa, que é diariamente confrontado com “anónimos” que o convidam a fazer uma nova revolução, “agora sem cravos”. Uma entrevista que se segue a outras onde, claramente, se referiu ao mesmo assunto.
Esta angústia em que vivemos não nos deixa indiferentes a entrevistas como esta que, por certo, não deixará de ter efeitos nefastos em espíritos fracos ou enfraquecidos por tantas dificuldades que nos assolam e, por isso, se não dão conta dos disparates que contêm seja pela sua natureza anti-democrática seja pela ignorância do que seja esta “crise” que já envolve todo o mundo e se não resolverá à força.
A menos que a intenção seja dar razão ao realizador do “Planeta dos Macacos”, esse inesquecível monumento à burrice humana.

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