Por
maiores que sejam os “melhoramentos” que resultem de um fim de
semana de trabalho a “cortar na despesa” para aliviar os
impostos, não creio que que, mesmo assim, o OE2013 possa tornar-se
num plano de preparação de um futuro sadio para Portugal.
Estas
diligências finais e apressadas são a melhor prova do que tenho
afirmado ser a incompetência e o desleixo do Governo na preparação
deste documento tão importante para a recuperação de uma economia
que nos proporcione uma qualidade de vida satisfatória.
Quando
se deixa para o ministro das finanças a tarefa de endireitar as
finanças do Estado, o resultado é sempre o mesmo, o apertar do
cinto que, no nosso caso, já nem furos tem para tanto aperto.
Custa-me
reconhecer como fui defraudado nas minhas expectativas de uma
governação sensata, decidida e adequada à realidade de um país
pequeno e de recursos limitados. Esperava que os tão falados “cortes
nas gorduras do Estado” fossem, de facto, feitos, assim como
esperava uma maior determinação nas renegociações das famosas
PPP, fossem as consequência quais fossem. Reparar erros graves e
grosseiros como os que neste casos foram cometidos, nunca poderia
desprestigiar quem o fizesse, simplesmente porque é justo!
Não
era fácil a tarefa, concordo, mas mais difícil será, agora,
arranjar uma saída airosa para a situação criada.
Era
evidente a aposta das oposições num falhanço como o que aconteceu.
A extrema esquerda porque não tem outra função e o PS porque
necessitava, a todo o custo, de fazer esquecer tudo quanto de mau fez
nas suas governações, para o que nada seria melhor do que o
falhanço da que se seguisse.
E
em todas estas manobras que esta democracia sectária fomenta,
Portugal é o prejudicado.
Esperemos
para ver o que vai sair daqui.
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