"O Governo português é
mais papista que o papa, só faz asneiras todo o tempo, um dia diz uma
coisa, no outro, diz outra", disse o ex-presidente numa entrevista
à Rádio francesa France-Culture.”
Esta é uma notícia que li no Expresso e que, tal como as que antes referi de D Januário e de Otelo, se tornaram em cassete que podia ser gravada uma vez e, depois, distribuída.
Esta é uma notícia que li no Expresso e que, tal como as que antes referi de D Januário e de Otelo, se tornaram em cassete que podia ser gravada uma vez e, depois, distribuída.
Mas desta vez, este político que,
por certo, perdeu certas memórias e não sabe falar das coisas senão numa óptica
de democracia conflitual que, estou convencido, não será a que pode perdurar
num mundo onde os males da Humanidade já se não curam com mezinhas, resolveu
dar esta imagem de Portugal no estrangeiro a qual, por certo, nos não trará
benefícios.
Ficaria mais agradado se S Exa,
pessoa de meios que não necessita do dinheiros dos contribuintes para viver,
abdicasse das regalias que lhe pagamos e, como um dos mais velhos políticos
vivos, desse aos outros a quem parece gostar tanto de ensinar, um exemplo que
os levasse a abdicar, também, dos excessos que se permitem, enquanto não
houvesse condições para a Segurança Social evitar a fome que afecta já, a
muitos de modo impiedoso, milhões de portugueses.
Decidiu o Ex-Presidente juntar-se
ao coro dos que preferem a catástrofe que, para uns, será aquele "mal de muitos"
que parece ser conforto e, para os socialistas, o apagar da memória dos loucos
festins de leviandade dos quais, como na AR disse o Ministro das Finanças, esta
austeridade é a factura!
Hollande tornou-se o herói dos
socialistas portugueses que ainda se não deram conta de como a austeridade vai
tomando conta dos franceses que ele governa, das coisas que ele prometeu e não
conseguiu cumprir, como a outros aconteceu também.
Para Soares as coisas continuam a
ser traduzidas por números abstractos e não pelo entendimento que delas se
possa ter, o que se nota na sua expressão "mobilização dos portugueses, de
todo o país, de norte a sul, e de todas as classes sociais, o medo mudou de
campo"… Uma expressão popularucha que não traduz o que aconteceu em 15 de Setembro mas, apenas, as mini manifestações orquestradas e insultuosas nas quais os maestros são sempre os mesmos.
Não se deu conta o ex-Presidente que, no mundo,
muita coisa mudou que tornou obsoletos os conceitos e os princípios que, no seu tempo de
democrata a qualquer preço, eram adoptados pelos que criam tudo ser
possível desde que o povo o desejasse!
Agora é diferente. Já não é o povo
“quem mais ordena” mas sim a Natureza revoltada por tantas mazelas que a
ganância lhe causou e a realidade que nos mostra que o tempo das vacas gordas já acabou neste mundo onde os recursos não são inesgotáveis. Agora não basta querer porque ser possível é a base do êxito de qualquer coisa que se pretenda fazer.
Por isso, não sou dos que esperam desta
política do Governo, afinal de contas igual a tantas outras que esperam
recuperar o modo de viver que faz do consumismo excessivo a base indispensável da sua existência, os
resultados que melhores seriam para o futuro a curto prazo, nem penso, sequer,
que toda esta austeridade tivesse de ser o preço a pagar pelos erros de outros governos
loucos, mas prefiro-a às consequências desastrosas de uma crise política da
qual jamais Portugal recuperaria.
Lamento, pois, que um ex-Presidente
da República do meu país tome as atitudes que Soares toma, as quais, sem
dúvida, não podem deixar de revoltar os portugueses honrados e
de escandalizar todos os que, lá fora, ficam a pensar ser este um país de pacóvios que permitem ao Primeiro
Ministro e ao Presidente da República “só fazerem asneiras, todo o tempo!".
É o que pensarão em vez do que deveriam pensar, porque este político que os portugueses já, por duas vezes, claramente rejeitaram, continua tão ressabiado como, por isso, ficou!
É o que pensarão em vez do que deveriam pensar, porque este político que os portugueses já, por duas vezes, claramente rejeitaram, continua tão ressabiado como, por isso, ficou!
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