É verdadeiramente notável a
campanha deste "ex-muita coisa" a quem todos nós pagamos umas instalações que não
são baratas, um salário que não é baixo, se desloca (e pelos vistos sem grande
respeito pelas regras do trânsito) num bom carro que também pagamos, assim como
pagamos o motorista que tem às suas ordens. São estranhas as atitudes deste
homem que, republicano, democraya e laico" como se afirma, arranja uma desculpa populista, mas nem por isso menos “esfarrapada”
para não estar nas comemorações do 5 de Outubro na Câmara Municipal de Lisboa,
para estar numa reunião comício do PS, a fazer o discurso que em outro lugar
lhe não consentiriam.
Pede a queda do governo que,
segundo ele, “está moribundo e já ninguém leva a sério” ou diz que este ou
aquele ministro se deve demitir, baseado em princípios que são os seus ou da
sua “democracia” que tem soluções para todos os males, como diziam ter o “livro
vermelho de Mao” ou do “livro verde de Komaini” que Feus haja!.
Tenho sido particularmente
crítico deste governo em consequência de algumas medidas que tem anunciado e
até do modo como as tem anunciado, reconheço que deveria ter feita mais que
evitasse novos agravamentos de impostos, mas tenho apreciado, de algum modo, o
facto de conseguir ouvir as queixas e os reparos que são feitos, em consequência
do que se tem esforçado por melhorar as soluções que, dê por onde der, terão de
preencher o vazio deixado por uma decisão do Tribunal Constitucional e pelos
efeitos do agravamento da economia mundial na execução orçamental em 2012.
Tal não livra o governo das
críticas da lentidão em decisões de reestruturação do Estado que poderiam estar
já a mostrar efeitos favoráveis, nem o iliba das falhas mais do que evidentes
nas suas relações públicas que, apesar das dificuldades que teremos de admitir
que existam quando se tem de negociar, a par e passo, o dia seguinte das finanças do país
falido com os seus credores, deveriam ir muito além do quase ensurdecedor silêncio que o faz parecer
ausente.
Não será, de todo, fácil,
governar nas condições em que este governo tem de o fazer e, por isso, posso,
até, imaginar o enorme trabalho de manter unido um governo obrigado a tomar
decisões difíceis com as quais nem todos se conformarão, para além do trabalho,
por si também enorme, de tapar tantos buracos que outros governos cavaram e
desmontar as armadilhas que vai encontrando no seu caminho a cada passo que dá.
É uma situação nova neste país
que não encontra, seja onde for neste mundo a caminho da recessão global, os
auxílios de que necessitaria para retomar a via normal pela qual todos
ansiamos.
Para além de tudo isto, não precisa,
por certo, o governo das “bocas” constantes deste senhor Soares que, para além
da provecta idade que lhe deveria granjear particular bom senso, deveria
possuir experiência política bastante para não tentar incendiar um barril de
pólvora que nos pode queimar a todos!
Será um caso de interdição este
socialista que, um dia, para resolver os problemas que o seu socialismo lhe
criou o teve de meter na gaveta?
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