Começo por destacar o que
considero a notícia do dia: “O mais
negro relatório sobre os impactos das alterações climáticas anuncia um futuro
cheio de inundações, secas, conflitos e perdas económicas, se as emissões de
carbono não forem controladas. O relatório está pronto para ser anunciado pelos
cientistas das Nações Unidas.”
Há muito que dura o
impasse no esclarecimento sobre a real influência da actividade humana nas
alterações climáticas que começaram a manifestar-se sob a forma de um
aquecimento global consequência da acumulação, na atmosfera, de gases com
efeito de estufa.
Estes gases que a
actividade económica, dos mais diversos modos, lança em quantidades crescentes
na atmosfera, dificultam a saída, para o espaço, dos raios solares reflectidos na
Terra alterando, de modo cada vez mais sensível, o balanço de que resulta o
equilíbrio térmico no nosso planeta.
A degradação biológica da cada
vez maior quantidade de resíduos sólidos que produzimos, os gases digestivos
dos ruminantes que criamos em número cada vez mais elevado, os gases de escape
do crescente número de viaturas em todo o mundo e tantas outras coisas que
poderia citar, próprias deste modo de viver e desta economia que morre se parar
de crescer e, portanto, se deixar de criar gases cujo teor na atmosfera vai
aumentando, contribuem para o já bem conhecido “efeito de estufa” é, apenas,
uma das múltiplas formas como esta nossa forma de viver afecta, profundamente,
o Ambiente indispensável à vida.
Não vale a pena, sequer, sobrecarregar
o já negro quadro com outras cores bem escuras que lhe dariam a poluição dos
oceanos e dos continentes, o acréscimo de toxicidade um pouco por toda a parte,
as contaminações, as alterações da actividade biológica e outras cuja evidência
torna já dispensável a comprovação, para concluir que a ambição do Homem se
tornou maior do que o temor das calamidades que pode desencadear.
Há dezenas de anos que a
Ciência chama a atenção para este fenómeno que, estupidamente, estamos a
acelerar, sem que os políticos e economistas lhe prestem a devida atenção,
tentando iludir a realidade com “esquemas espertos” em que colaboram “cientistas
de pacotilha” que, em negações já impossíveis, hipotecam a sua “competência”
mas não enganam a Natureza.
Quanto aos efeitos do
acréscimo de temperatura, por exemplo, imaginem o efeito da subida de vários
metros do nível do mar, a destruição do “permafrost” nas regiões mais frias do
planeta onde o aumento da temperatura descongelará a água do solo diminuindo a
sua resistência e fazendo afundar o que esteja à superfície como florestas,
cidades…
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