ACORDO ORTOGRÁFICO

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domingo, 23 de março de 2014

A “CRISE” E O AGRAVAMENTO DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

Começo por destacar o que considero a notícia do dia: “O mais negro relatório sobre os impactos das alterações climáticas anuncia um futuro cheio de inundações, secas, conflitos e perdas económicas, se as emissões de carbono não forem controladas. O relatório está pronto para ser anunciado pelos cientistas das Nações Unidas.”
Há muito que dura o impasse no esclarecimento sobre a real influência da actividade humana nas alterações climáticas que começaram a manifestar-se sob a forma de um aquecimento global consequência da acumulação, na atmosfera, de gases com efeito de estufa.
Estes gases que a actividade económica, dos mais diversos modos, lança em quantidades crescentes na atmosfera, dificultam a saída, para o espaço, dos raios solares reflectidos na Terra alterando, de modo cada vez mais sensível, o balanço de que resulta o equilíbrio térmico no nosso planeta.
A degradação biológica da cada vez maior quantidade de resíduos sólidos que produzimos, os gases digestivos dos ruminantes que criamos em número cada vez mais elevado, os gases de escape do crescente número de viaturas em todo o mundo e tantas outras coisas que poderia citar, próprias deste modo de viver e desta economia que morre se parar de crescer e, portanto, se deixar de criar gases cujo teor na atmosfera vai aumentando, contribuem para o já bem conhecido “efeito de estufa” é, apenas, uma das múltiplas formas como esta nossa forma de viver afecta, profundamente, o Ambiente indispensável à vida.
Não vale a pena, sequer, sobrecarregar o já negro quadro com outras cores bem escuras que lhe dariam a poluição dos oceanos e dos continentes, o acréscimo de toxicidade um pouco por toda a parte, as contaminações, as alterações da actividade biológica e outras cuja evidência torna já dispensável a comprovação, para concluir que a ambição do Homem se tornou maior do que o temor das calamidades que pode desencadear.
Há dezenas de anos que a Ciência chama a atenção para este fenómeno que, estupidamente, estamos a acelerar, sem que os políticos e economistas lhe prestem a devida atenção, tentando iludir a realidade com “esquemas espertos” em que colaboram “cientistas de pacotilha” que, em negações já impossíveis, hipotecam a sua “competência” mas não enganam a Natureza.
Quanto aos efeitos do acréscimo de temperatura, por exemplo, imaginem o efeito da subida de vários metros do nível do mar, a destruição do “permafrost” nas regiões mais frias do planeta onde o aumento da temperatura descongelará a água do solo diminuindo a sua resistência e fazendo afundar o que esteja à superfície como florestas, cidades…


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