No encontro com Passos Coelho para discutir o futuro próximo de Portugal que, depois de
múltiplas insistências, não pôde recusar , Seguro não foi capaz de colocar
os interesses do país acima do seu programa político pessoal, ao qual qualquer
tipo de consenso, neste momento, seria fatal. De facto, como se conciliaria um
consenso com o desejo que tornou público de ganhar as eleições europeias e, em seguida,
exigir eleições legislativas antecipadas nas quais espera conquistar o poder?
Por isso, invocou
divergências insanáveis para justificar não colaborar na preparação do
futuro de todos nós, apesar da urgência com que temos de tomar decisões que
não são, com certeza, as de regressar a uma gestão descontrolada que dê
satisfação ao desejo do impossível regresso ao passado com que o Governo se
confronta em manifestações sucessivas e nos lançaria em mais uma aventura que, desta vez, seria bem pior do
que aquela da qual ainda não saímos.
Enjeitou Seguro a oportunidade de, pelo consenso, poder influenciar as soluções de governação porque, tudo o demonstra, prefere esperar a oportunidade de as decidir sozinho.
Enjeitou Seguro a oportunidade de, pelo consenso, poder influenciar as soluções de governação porque, tudo o demonstra, prefere esperar a oportunidade de as decidir sozinho.
Tenho dito algumas vezes,
a propósito desta economia que entrou em crise existencial num ambiente que já
não suporta o crescimento continuado sem o qual não sobrevive e, por isso, da
necessidade urgente de lhe mudar o rumo, que aquilo que não fizermos por
vontade própria, controlando os efeitos que tiver, a realidade no-lo imporá
seja qual for a dor que causar.
O mesmo me parece que vai
acontecer em resultado das insanáveis divergências dos políticos deste país que
ou coordenam os seus esforços para nos proporcionar um futuro melhor ou serão
responsáveis por mais uma aventura macabra de que todos sairemos muito
maltratados.
Não esperava de Seguro uma
atitude diferente ou que não estivesse em linha com as orientações públicas de
Soares para quem “está na hora, está na hora, de o governo ir embora”.
Quando as ideias são
escassas mas é muita a ânsia de poder, é na simples mudança que se procuram as
soluções que, obviamente, apenas pelo estudo, pelo trabalho e pelo bom senso, jamais com chavões, se
conseguem encontrar.
Veremos, em breve, o que
mais vale na democracia portuguesa, se as razões se as "palavras de ordem" e, com isso, qual o futuro
que Portugal pode esperar.
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