ACORDO ORTOGRÁFICO

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terça-feira, 18 de março de 2014

INSANIDADE INSANÁVEL

No encontro com Passos Coelho para discutir o futuro próximo de Portugal que, depois de múltiplas insistências, não pôde recusar , Seguro não foi capaz de colocar os interesses do país acima do seu programa político pessoal, ao qual qualquer tipo de consenso, neste momento, seria fatal. De facto, como se conciliaria um consenso com o desejo que tornou público de ganhar as eleições europeias e, em seguida, exigir eleições legislativas antecipadas nas quais espera conquistar o poder?
Por isso, invocou divergências insanáveis para justificar não colaborar na preparação do futuro de todos nós, apesar da urgência com que temos de tomar decisões que não são, com certeza, as de regressar a uma gestão descontrolada que dê satisfação ao desejo do impossível regresso ao passado com que o Governo se confronta em manifestações sucessivas e nos lançaria em mais uma aventura que, desta vez, seria bem pior do que aquela da qual ainda não saímos.
Enjeitou Seguro a oportunidade de, pelo consenso, poder influenciar as soluções de governação porque, tudo o demonstra, prefere esperar a oportunidade de as decidir sozinho.
Tenho dito algumas vezes, a propósito desta economia que entrou em crise existencial num ambiente que já não suporta o crescimento continuado sem o qual não sobrevive e, por isso, da necessidade urgente de lhe mudar o rumo, que aquilo que não fizermos por vontade própria, controlando os efeitos que tiver, a realidade no-lo imporá seja qual for a dor que causar.
O mesmo me parece que vai acontecer em resultado das insanáveis divergências dos políticos deste país que ou coordenam os seus esforços para nos proporcionar um futuro melhor ou serão responsáveis por mais uma aventura macabra de que todos sairemos muito maltratados.
Não esperava de Seguro uma atitude diferente ou que não estivesse em linha com as orientações públicas de Soares para quem “está na hora, está na hora, de o governo ir embora”.
Quando as ideias são escassas mas é muita a ânsia de poder, é na simples mudança que se procuram as soluções que, obviamente, apenas pelo estudo, pelo trabalho e pelo bom senso, jamais com chavões, se conseguem encontrar.
Veremos, em breve, o que mais vale na democracia portuguesa, se as razões se as "palavras de ordem" e, com isso, qual o futuro que Portugal pode esperar.


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