ACORDO ORTOGRÁFICO

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segunda-feira, 3 de março de 2014

COMO VAI SER O FUTURO MUITO PRÓXIMO?

Quando, há alguns dias, aqui escrevia perguntando se “a nova guerra vai ser fria ou quente”, naturalmente pensava na situação que, então, se vivia na Ucrânia, a qual, como seria de esperar, reavivou o confronto de interesses que, afinal, nunca deixou de existir entre o Oriente e o Ocidente.
No ideal de muitos russos continua viva a União Soviética, a experiência comunista em que, como em qualquer regime, mas mais sentido nos mais dominadores, são uns servidos pelos demais que servem, acumulam uns o que a outros é explorado. E como não existem mordomias sem mordomos, o drama começa quando estes se querem tornar senhores também!
Não creio que continuem a existir as mesmas ânsias de domínio territorial de outrora. Na vez da subjugação física que, em nome da liberdade, se condena, surgiram outras formas sinistras de dominação que, iludindo as regras de convivência e de direito que normas internacionais impõem, subjugam ainda mais sem, contudo, parecer desrespeitá-las.
O que se passa na Ucrânia onde, na Crimeia, terra de tártaros que os russos deportaram e onde estabeleceram já uma “testa-de-ponte”, é um conflito que pode destruir o frágil equilíbrio que a ONU, a muito custo, foi conseguindo manter ao longo de anos, sempre na base de pressupostos como este que diz que na Ucrânia “manda” a Rússia.
Sem que qualquer tratado ou acordo o firmasse, a divisão territorial continua vigente, cada parte com a sua área natural de influência.
E vai ser muito complicada a saída para este conflito que opõe a vontade de libertação de um povo do domínio tradicional de outro, sem que dele possa alhear-se a parte que os ucranianos escolheram para nela se integrarem. 
É o acabar de uma lei invisível que, em nome da “paz”, tem sido aceite, mas que subjuga povos até aos limites da sua capacidade de sofrimento.
Nos casos indecisos, a regra costuma ser a de quem chega primeiro. E na Crimeia, os russos já lá estão!
Mas ainda a procissão vai no adro que, porém, começa a ser pequeno demais para tantos que querem pegar no “andor”!
As regras da permissividade estão postas em causa e penso que muita coisa vai mudar a partir de agora.


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