ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 23 de maio de 2014

ENTRE O ÓDIO E A IMBECILIDADE!

Foi no domínio que o ódio e a imbecilidade balizam que Sócrates afirma ter decorrido a campanha eleitoral da Direita. Mais disse, continuando a referir-se ao mesmo sector político, que “perderam a vergonha, a boa educação, o respeito pelos outros, mas vão também perder as eleições”.
E eu fico perplexo perante o descaramento de quem, pela sua incompetência arrogante, meteu o país num sarilho difícil de resolver. Fico surpreendido pela falta de pudor de quem foi o responsável pela gestão leviana que obrigou ao pedido de um resgate financeiro depois de ter visto rejeitado o seu famoso pack IV que previa tanta ou mais austeridade do que o resgate gerou.
Que a Comunicação Social o oiça e faça das suas palavras manchete que desperte a curiosidade mórbida de quem a tenha por sua única consciência, não me causa espanto. 
Mas que o povo profundamente lesado por uma governação leviana que foi a causa maior e decisiva de uma austeridade que duramente suportou e que, apenas a partir de agora, poderemos ter a oportunidade de começar a aliviar um pouco, lhe preste atenção, faz-me temer a decisão que, nas urnas, possa tomar quem mostra tanta dificuldade em perceber as consequências da falta de consciência das necessariamente limitadas capacidades que temos para construir um Estado Social do qual, com segurança, possamos usufruir. 
Faz-me temer as consequências de novos devaneios que, seguramente, nos lançarão na maior confusão que alguma vez vivemos e serão causa, então sim, de uma pobreza generalizada que destruirá toda a possibilidade de solidariedade sem a qual o Estado Social não existe de todo.
Assim, esperar que as promessas de Seguro, mesmo as feitas sob a “palavra de honra de um beirão”, possam resolver os problemas que temos faz-me lembrar a vâ esperança de ver uma vaca voar ou um rinoceronte por ovos, quando é mais fácil a montanha parir um rato!
Como beirão que sou, daquela Beira da qual os naturais sabem que sem esforço e sem dor não se garante o futuro, não consigo perdoar a Sócrates o oportunismo perverso que é próprio dos incompetentes bazófios nem a Seguro a leviandade de julgar estúpido um povo distraído que, infelizmente, tarde demais poderá acordar para a realidade que ele tenta mascarar com o voluntarismo pacóvio com que o tenta iludir.

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