ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 2 de maio de 2014

QUANDO A VIGARICE INTELECTUAL FAZ CARREIRA

Como pessoa normal e politicamente descomprometida que sou, aborrece-me esta austeridade que más governações causaram e não consigo evitar as críticas que tal me suscita. Por isso penso e digo o que me parece ser justo de pensar e de dizer em cada momento, independentemente de o fazer a propósito dos actos de quem governa ou das atitudes de quem se lhe opõe. E se uns me merecem críticas por algumas coisas que não fazem bem, outros mas merecem pelo que, de todo, não fazem, pelo oportunismo de atitudes que tomam ou pelo aproveitamento safado das inevitabilidades a que um resgate financeiro sempre dá lugar.
Por isso me desagrada ler uma afirmação como esta “O PS considerou hoje que as avaliações positivas do Governo e da 'troika' ao programa de ajustamento têm sempre como consequência mais austeridade em Portugal e acusou o executivo de ter ultrapassado os limites da "dissimulação".
Como não posso, sequer, imaginar que o PS não tenha noção das consequências do protocolo de resgate financeiro que, quando governo, assinou, apenas posso entender aquela afirmação como um aproveitamento perverso quanto à situação que se vive e, com estas afirmações distorcidamente oportunistas, confundir ainda mais  o povo para dele ter o voto que deseja para reassumir o poder por cujo mau uso  quase miserável o tornou.

Não me sinto bem com a perspectiva de inutilizar um esforço enorme que, juntamente com a enorme maioria dos portugueses, fiz ao longo de uns anos para reequilibrar uma situação que a mania das grandezas de alguns desequilibrou. O pior é sentir que a “esperteza saloia” poderá fazer o seu caminho de tentativa de regresso a um passado de ilusão que nos poderá fazer voltar a cair no fosso do qual, com muito esforço, tentamos sair.


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