Qual dos dois apareceu
primeiro, se o ovo se a galinha, é a questão que se invoca quando se reflecte
sobre por onde começar a solucionar uma situação complicada.
Mas, pelos vistos, não é o
caso deste desastre económico que fez desemprego, emprego mal pago e pobreza
porque para Arménio Carlos, a figura cimeira deste 1º de Maio, é muito fácil de
ultrapassar. Bastará criar empregos estáveis e bem remunerados para que o
desemprego desapareça, a economia cresça e se acabem os problemas que os
economistas de todo o mundo não conseguem resolver. Tão simples assim!
É isto que, conforme da
sua voz escutei, esta figura destacada da CGTP/PCP vai dizer aos concentrados na Alameda D Afonso Henriques numa jornada que, em
vez da tradicional comemoração do reconhecimento dos direitos dos trabalhadores,
se transformou na luta contra este governo e contra as medidas por ele
tomadas para que, depois da situação de falência que se atingiu, se criem as
condições que permitam os investimentos que criam os empregos que se tornem
estáveis e bem remunerados, recuperando a economia destruída.
Não sei se ria se chore
por viver num país onde tanta gente, apesar de uns quantos milhares apenas, se
deixa seduzir por estes argumentos palavrosos e irrealistas de quem vive da
atenção irreflectida que aqueles a quem se dirige lhe possam prestar.
Como é possível que alguém
aproxime um microfone para captar as palavras de uma boca que, com uma
ignorância total da realidade ou, muito pior do que isso, com uma perfídia
atroz, pretende criar um clima de agitação que acabará por prejudicar quem nele
participar, embora julgando estar a defender os seus interesses?
Parece-me que, neste caso,
em vez da dúvida entre o ovo e a galinha, melhor se entenderá a razão de quem
diz não ser possível fazer omeletes sem ovos.
Mas Arménio é de outra
opinião.
Mas o pior será se o frágil
ovo se partir porque, então, não haverá galinha ou omelete para ninguém!
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