A questão da Ucrânia acaba
por implicar um problema energético sério na Europa porque cerca de um terço do
gás natural que consome é fornecido pela Rússia que, tudo o faz crer, tem em
curso um processo de reconstituição da geografia da ex-União Soviética.
Perante as alternativas
que a Europa tem a um fornecedor problemático, não entendo muito bem por que a
Europa não se previne utilizando alternativas de importação ou, mesmo, as
próprias reservas.
Sines, um porto com
características perfeitas para ser um terminal distribuidor de gás natural
proveniente de África, como já o é, seria uma excelente alternativa para
distribuição de gás pela Europa, bem como pode ser a entrada mais adequada para
as cargas provenientes do Extremo Oriente que, muito em breve, passarão a
utilizar o renovado canal do Panamá para chegar ao Atlântico.
Porém apurei, também, que
a Europa possui reservas extensas de gás natural, distribuídas por diversas bacias,
uma das quais, a Bacia Lusitana, em Portugal, esta com reservas que
abasteceriam o nosso país ao longo de 200 anos!
Será a importação de gás, contrapartida
nas exportações europeias para a Rússia, o que não pode ser esquecido, mas
parece-me perigoso, mesmo assim, que a Europa corra o risco de ficar vulnerável
num domínio tão sensível como o energético, o que lhe retira força quando dela tanto
a necessitaria como acontece neste tempo de violações bárbaras na Ucrânia, às
quais se deveria opor sem hesitações.
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