O Economist Intelligence Unit (EIU) costuma publicar, anualmente, os riscos de agitação social no mundo, o qual nunca me pareceu tão elevado como o que diz ser o que espera para 2014.
Conforme a notícia que li,
a EIU analisou 150 dos 190 países do mundo, dos quais considera que 65 possuem elevado
risco de agitação social, categorias de alto e de muito alto risco, o que corresponde
a 43% dos países analisados!
A ser assim é uma
verdadeira loucura que quase meio mundo possa envolver-se em distúrbios que
podem ser graves, o que não pode deixar de ser, obviamente, uma medida da
insatisfação social que, por certo, da “crise” ainda não resolvida resultou.
Não li o trabalho que
descreve a análise em que se baseiam os números indicados nem conheço, por
isso, os critérios classificativos adoptados. Aliás, só posso imaginar a
complexidade do estudo que pretenda tirar tais conclusões, tantos são os
factores que o influenciam. Terão sido devidamente considerados todos os que o deveriam
ser ou apenas o foram os vulgares factores económico-financeiros que vemos
frequentemente discutidos?
Seja como for, é de
considerar o elevado risco de agitação em todo o mundo, o que, como é natural,
raramente se confina em fronteiras pré-definidas e, por isso, pode causar uma
agitação generalizada que ponha em causa a segurança dos cidadãos.
Em face disto, não posso
ter opinião formada sobre as conclusões do EIU, ficando-me pela concordância
com a enormidade das possibilidades de agitação que detecta e pensar que, tal
como nas grandes mudanças que o mundo tem conhecido, foram situações assim que
as precederam.
E o mundo está a precisar
de mudanças urgentes que o Homem fará com regras ou as circunstâncias lhe
imporão com dor.
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