Uns dizem-se democratas mas, da democracia que defendem, não respeitam as leis. Os outros apenas se julgam melhores do que os demais e, tal como os primeiros, tramam manobras escusas para alterar o que as regras vigentes ditaram.
Uns querem derrubar o
Governo. Os outros, a direcção do partido.
Parece que, afinal, a
democracia e as suas regras já não servem para nada, pois até os “democratas”
se servem de astúcias para a ludibriar, para alcançar por portas travessas o
que não conseguiram através das portas certas.
É caso para perguntar se
voltámos ao tempo dos barões, sejam eles os vetustos, os históricos ou os recém
armados cavaleiros de uma coroa enferrujada, já só boa para deitar no lixo.
Uns na Aula Magna, outros
em outro lugar qualquer, vão maquinando os seus esquemas de tomada de poder
que, quem poderá sabê-lo, até podem surtir efeito, acabando, de vez, com o mito
de todas as soluções que a democracia possui ou reconhecendo que, afinal, nem
tudo a democracia anquilosada resolve, preferindo esquece-la quando tal mais
convém, em vez de a modernizar como o bom senso ditaria.
Nem imagino no que tudo
isto dará, ao que nos poderá conduzir a ganância de uns, a petulância de outros
ou a deslealdade de outros ainda. Mas não nego as preocupações que sinto quando
me deparo com um país que já não respeita regras, com políticos que têm a
ganância como único propósito e uma História que, depois de conquistar todos os
mares, parece agora querer morrer na praia!
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