ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

A OPOSIÇÃO QUE TEMOS


A troca de dívida que torna possível a Portugal o cumprimento mais fácil de compromissos acumulados por actos de gestão anteriores, mereceu das oposições as críticas mais disparatadas, com argumentos que, infelizmente, significam uma de duas coisas: ou são mesmo estúpidos ou pretendem que o sejam aqueles a quem impingem os seus argumentos. 
Nem uma só vez me apercebi que tenham falado das verdadeiras razões deste procedimento que evitou problemas de maiores dificuldades de solvência dos compromissos financeiros ao longo dos anos mais próximos.
A verdade é que também não ouvi, da parte do Governo, a explicação mais detalhada que poderia evitar aqueles comentários manhosos! Será que não o merecemos?
Mas será dever da oposição dizer sempre mal ou, como eu pensava que seria, também à oposição compete zelar pelos interesses do país que deveria colocar bem acima dos que sejam os seus interesses de poder?
Por exemplo, ouvi dizer, para justificar o péssimo negócio que o Governo fizera, que trocámos dívida com juros de 2% por dívida com juros mais elevados. Até talvez, não sei, porque de tanta dívida que há por aí, a maioria da qual vem do anterior governo de Sócrates que chegou a aceitou juros que ultrapassaram 7% (pelo menos foi o que, na altura, se noticiou…), não me deixa saber se foi esta ou outra a que entrou na estratégia da troca feita! Mas custa-me a crer que tenha sido aquela que resulta do dinheiro que a Troika nos emprestou. Esse assunto seria tratado com a própria Troika e não nos "mercados".
Então será de crer que seja essa que provocou aqueles “picos” que era preciso evitar? Será que o anterior governo PS, além de outros disparates grosseiros, nem soube prevenir esse pormenor ao assumir novas dívidas no processo de resgate que contratou? Ou, pelo contrário, terão sido aquelas que a sementeira de auto-estradas, por exemplo, fez crescer, os célebres SWAPS e outras que teriam sido bem evitadas, as que entraram no “negócio”?
Mas todas estas conjecturas pouco interessarão ao lado da guerrilha sem quartel que uma péssima, ambiciosa e incompetente oposição move a um Governo que também não é tão competente quanto o deveria ser para resolver os problemas de Portugal, em total prejuízo de todos nós.
Custa olhar esta guerrilha idiota, quando a força de todos seria o melhor para evitar aos portugueses tanta austeridade da qual, depois, todos se queixam. Contra o Governo, obviamente!
Parece-me, porém, que os maiores erros já foram feitos e que seria de, agora, evitar os que a oposição (e Mário Soares) lhe acrescenta e nos poderão trazer aborrecimentos muito maiores do que aqueles que já temos.
Mas se temos uma oposição que não vê senão o poder que ambiciona e não consegue dominar a ânsia de o assumir, como o poderemos esperar?
Resta-nos ir pagando os disparates que fazem os que se dizem preocupados connosco? Pelo menos enquanto pudermos ou formos, realmente, parvos.


Sem comentários:

Enviar um comentário