A troca de dívida que torna possível a Portugal o cumprimento mais fácil de compromissos acumulados por actos de gestão anteriores, mereceu das oposições as críticas mais disparatadas, com argumentos que, infelizmente, significam uma de duas coisas: ou são mesmo estúpidos ou pretendem que o sejam aqueles a quem impingem os seus argumentos.
Nem uma só vez me apercebi que tenham falado das
verdadeiras razões deste procedimento que evitou problemas de maiores
dificuldades de solvência dos compromissos financeiros ao longo dos anos mais
próximos.
A verdade é que também não
ouvi, da parte do Governo, a explicação mais detalhada que poderia evitar
aqueles comentários manhosos! Será que não o merecemos?
Mas será dever da oposição
dizer sempre mal ou, como eu pensava que seria, também à oposição compete zelar
pelos interesses do país que deveria colocar bem acima dos que sejam os seus
interesses de poder?
Por exemplo, ouvi dizer,
para justificar o péssimo negócio que o Governo fizera, que trocámos dívida com
juros de 2% por dívida com juros mais elevados. Até talvez, não sei, porque de
tanta dívida que há por aí, a maioria da qual vem do anterior governo de
Sócrates que chegou a aceitou juros que ultrapassaram 7% (pelo menos foi o que,
na altura, se noticiou…), não me deixa saber se foi esta ou outra a que entrou
na estratégia da troca feita! Mas custa-me a crer que tenha sido aquela que resulta
do dinheiro que a Troika nos emprestou. Esse assunto seria tratado com a própria Troika e não nos "mercados".
Então será de crer que seja essa que provocou
aqueles “picos” que era preciso evitar? Será que o anterior governo
PS, além de outros disparates grosseiros, nem soube prevenir esse pormenor ao
assumir novas dívidas no processo de resgate que contratou? Ou, pelo contrário,
terão sido aquelas que a sementeira de auto-estradas, por exemplo, fez crescer,
os célebres SWAPS e outras que teriam sido bem evitadas, as que entraram no “negócio”?
Mas todas estas
conjecturas pouco interessarão ao lado da guerrilha sem quartel que uma péssima,
ambiciosa e incompetente oposição move a um Governo que também não é tão competente
quanto o deveria ser para resolver os problemas de Portugal, em total prejuízo
de todos nós.
Custa olhar esta guerrilha
idiota, quando a força de todos seria o melhor para evitar aos portugueses
tanta austeridade da qual, depois, todos se queixam. Contra o Governo, obviamente!
Parece-me, porém, que os
maiores erros já foram feitos e que seria de, agora, evitar os que a oposição (e Mário Soares) lhe
acrescenta e nos poderão trazer aborrecimentos muito maiores do que aqueles que já
temos.
Mas se temos uma oposição
que não vê senão o poder que ambiciona e não consegue dominar a ânsia de o assumir, como o poderemos esperar?
Resta-nos ir pagando os
disparates que fazem os que se dizem preocupados connosco? Pelo menos enquanto
pudermos ou formos, realmente, parvos.
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