Em questões de justiça é frequente ouvir falar em proporcionalidade. Porém, penso que o mesmo tipo de critério se deve usar em muitas outras circunstâncias como, por exemplo, nesta greve do lixo que tantos problemas graves, de higiene e de saúde, está a causar na cidade de Lisboa.
As greves são legítimas
para defesa dos direitos dos trabalhadores, obviamente, e devem continuar a
ser. Mas tal não significa que também nelas não deva haver uma
proporcionalidade razoável entre os direitos que defendem e os danos que
causam!
Num processo de
reorganização que o município está a levar a efeito, os serviços de limpeza
passarão a ser coordenados pelas freguesias, o que me parece fazer todo o
sentido por se tratar de um serviço de proximidade. Porém, como é hábito neste
país, qualquer mudança, seja ela qual for, é contestada, o que não é, de todo,
um sinal da capacidade de compreensão e de bom senso.
E eu pergunto-me por qual
razão deverá a discordância dos “trabalhadores” ser causa de incómodos e de
perigos para tanta gente, se das alterações a fazer nenhuma perda de direitos
resultar? Apenas porque a Constituição diz que os trabalhadores têm direito á
greve seja pelos motivos que forem, quando e nas circunstâncias que entenderem?
Parece-me uma atitude retrógrada,
própria de gente incapaz de entender os verdadeiros problemas que as atitudes
provocam.
Mas é democrático e a
democracia não se pode melhorar porque É ASSIM! Indefinidamente… Por isso, não
se contesta nem se altera!
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