Pelo que posso compreender, os Estaleiros Navais de Viana do Castelo estão “mortos” desde que os Açores rejeitaram dois navios que ali mandaram construir, por não corresponderem às especificações do caderno de encargos correspondente!
"Foi a certidão de
óbito dos estaleiros. Desde Dezembro de 2009 passou-se a viver numa situação
desesperada e só graças a fundos públicos é que (a empresa) se sustentou até
meados de 2011", afirmou Vicente Ferreira, administrador da Empordef
(Empresa Portuguesa de Defesa) numa entrevista que concedeu à Lusa. Acrescentou
que, nessa altura, a empresa estaria já numa situação de “dívidas gigantescas” a
que o incidente de rejeição acrescentou 70M.
Desconheço os pormenores
da subconcessão à Martifer decidido pelo Ministro da Defesa depois de outras
alternativas falhadas e tão contestado como um negócio ruinoso e, porventura,
como mais um episódio de possível corrupção, entre os muitos que colocam
Portugal bem acima na lista dos que a usam em todo o mundo. E fico atónito
perante o que ouvi o Presidente da Câmara de Viana do Castelo dizer, Mário
Soares manifestar e Ana Gomes gritar!
Mas seria possível deixar
que os Estaleiros continuassem na situação de insolvência em que se encontravam,
com os seus elevados encargos não reprodutivos aumentando a cada dia e a serem
pagos por todos nós? Uma explicação é, obviamente, necessária e não encontrei
nenhuma nas reclamações que ouvi.
Quem reclama costuma ter
as suas razões, como as terão a maioria dos trabalhadores que perderão os seus
empregos e enfrentarão, depois, uma vida dura de desempregado, sobretudo por
haverem confiado nos (ir)responsáveis que deixaram a empresa degradar-se até
este ponto. Mas as coisas são para ser vistas, analisadas e resolvidas sem
sentimentalismos bacocos que depressa transformarão em drama profundo os problemas que pensam poder evitar.
Mas nem sempre os direitos de uns são deveres de outros e, neste caso, jamais! Não precisa o país de uns estaleiros que não produzem e lhe custam caro. Precisa do problema resolvido, com cabeça e sem distúrbios.
Mas nem sempre os direitos de uns são deveres de outros e, neste caso, jamais! Não precisa o país de uns estaleiros que não produzem e lhe custam caro. Precisa do problema resolvido, com cabeça e sem distúrbios.
Por isso, gostaria de ver este caso
esclarecido e não tratado como outros o foram e permitem a tantos que parecem verdadeiros
corruptos andar de cara destapada, porque a Justiça não conseguiu provar isto
ou aquilo, sem terem de explicar onde encontraram a galinha dos ovos de ouro que os sustenta!
Que na análise entrem,
também, as atitudes dos que se prestaram às manifestações de demência que tão
má nota dão deste país que talvez, um dia, avance depois de certos dinossauros deixarem
de atrapalhar.
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