ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

AS DÚVIDAS DE PASSOS COELHO


Conheci-o bastante novo e pareceu-me inteligente. Depois, não tive conhecimento de qualquer achaque que dele fizesse burro ou incapaz de pensar, o que nada tem a ver com outras características que tem e eu menos aprecio.
Por isso entendo as suas dúvidas mesmo perante sinais de retoma que a outros faria saltar de alegria e apregoar ter vencido a crise.
Como recordo o ministro da economia de Sócrates, aquele que por um gesto de dedos que enfeitam a cabeça teve de se afastar quando já via luzinhas ao fundo do túnel. Assim como recordo o próprio Sócrates a “puxar sozinho” o país para a desgraça das consequências de actos de gestão incompetentes que culminaram no célebre “como puderam fazer isto ao país?”.
Pois concordo com as preocupações de Passos Coelho quando diz nada ser certo ainda e que continuam a perfilar-se perigos no horizonte que nos podem surpreender.
Obviamente, esses perigos existem numa Europa desorganizada e não solidária, numa Alemanha que apenas tem por intensão defender os seus interesses nesta Europa quase em ruínas.
Mas também vejo que por outros lados os sinais não são melhores, as preocupações não diminuem e nem o futuro está certo. Vejo falhar as perspectivas que pareciam mais firmes, enfraquecer as "economias" que pareciam mais pujantes, apenas porque a economia global está cercada de problemas e dificuldades que cada vez mais se tornam intransponíveis, mas os economistas não querem reconhecer que assim é!
Infelizmente, não dependerá só de nós o nosso futuro e a resolução dos nossos problemas. Essa é a grande questão, porque os problemas se tornaram não apenas deste ou daquele país para serem da Humanidade.
Assim, um problema que o bom senso e a inteligência levantaram a tempo de poder ser corrigido, em vez disso agravou-se e empurra o mundo para um beco sem saída, para problemas graves cada vez mais próximos.
Apesar disso, não vejo qual seja o país disposto a dar o primeiro passo na direcção correcta do que se deve fazer para minorar os efeitos de tantos males que esta economia ultra consumista de inutilidades já causou e continua a causar.
Alguém inteligente tem de sentir estas coisas, mesmo que as não entenda.
De facto, mesmo com alguns sinais que poderiam fazer-nos sonhar com melhores tempos, melhor seria preparar tempos melhores com novos valores que os Goldman Sachs deste mundo não apreciam.
A ver vamos, dizem os “cegos”!

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