ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

LIBERDADE E EDUCAÇÃO


Um daqueles estudos que comparam os países da União Europeia, este sobre educação, revela estarmos bem abaixo da média europeia no que respeita a níveis educacionais, porque a maioria dos portugueses nem o nível secundário completou e continuam a ser minoria os que acedem ao ensino superior. Somos, pois, conforme estas estatísticas, um país de gente pouco instruída e com baixo nível de conhecimentos quando comparado com as outras democracias da União.
Não vejo, porém, tirar desta realidade que a nossa comunicação social realça, quaisquer conclusões como, por exemplo, a que responda à pergunta se estarão os eleitores portugueses em condições de decidir, com consciência bastante, nas escolhas difíceis que, em breve, terão de fazer.
E não serão, de todo, fáceis as decisões que tanto nos poderão levar por caminhos tortuosos, mais até do que aqueles que temos vindo a percorrer, como poderão aliviar um pouco a austeridade que as circunstâncias nos têm imposto.
Sabem-no bem os políticos que disso se aproveitam para convencer aqueles que, por si, não são capazes da análise que uma decisão tão importante exige. E deveríamos sabê-lo nós, porque não é a informação correcta a que os políticos com mais frequência nos transmitem.
Como a lenga-lenga parlamentar constantemente mostra, o propósito é o de fazer crer que é aquilo que mais convém que fosse, o que facilmente convence os menos capazes de, por si, analisar os factos e as circunstâncias que deveriam determinar as decisões.
São prova disso aqueles programas de antena aberta onde, salvo raríssimas excepções, é constante a ressonância dos argumentos e dos chavões que cada tendência vai criando.
De resto, se a educação não serve, também, para proporcionar a capacidade de análise de que um povo necessita para, em autêntica liberdade, tomar as decisões que, em face das circunstâncias, sejam as melhores, para que serve a educação?


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