Como vejo num "desenho" que um jornal hoje publica,
o tema da regionalização é sazonal. Aparece em ano de eleições e passa depois delas. Também me faz lembrar o casos dos submarinos que emerge ou imerge
consoante os interesses de momento.
Faz parte do “show” em que as campanhas
eleitorais se tornaram.
Mas a confusão entre descentralização e
regionalização é coisa que se não pode perdoar a um político com pretensões
como António Costa porque num caso se realiza o que o poder central decide e
noutro se decide o que é melhor para a região, consoante os seus recursos, as
suas potencialidades e a sua vontade. Dentro dos limites que
constitucionalmente forem fixados porque continuaríamos a ser um país.
Obviamente!
Ainda me lembro bem do imbróglio que o
referendo sobre a regionalização criou, apesar de a Constituição a impor, bem
como dos disparates grosseiros que, a propósito, foram ditos.
Mas haverá tanto a fazer para regionalizar
que esta não pode ser, sequer, uma promessa eleitoral porque é um projecto de
longo prazo no qual a cooperação de todas as forças políticas é indispensável.
Mais inutilidades, disparates, incompetências
e mentiras como aconteceu quando a regionalização que a Constituição impõe foi
referendada (!?) é que me parecem inúteis e agressivas.
Mais importante me parece que, em vez de manobras
de distracção que só podem convencer os distraídos, Costa esclareça como irá
fazer para cumprir as promessas que sugere na sua total oposição ao Governo e
que tanta gente espera lhe devolva o “bem-estar” que julgava ter antes de o
último governo socialista esgotar os cofres que com os nossos impostos tínhamos
enchido…
É esta a minha condição para, porventura,
votar nele.
Nota: A regionalização é um tema complexo e
há neste “jornal” diversas crónicas sobre o tema.
Sem comentários:
Enviar um comentário