Pelo que me dizem do Charlie Hebdo, deve
ser um jornal cheio de interesse, onde inspirados cartoonistas fazem as suas críticas
recorrendo ao humor.
Estou longe de ser um rendido incondicional
ao humor porque, infelizmente, há uma boa parte dele ao qual não acho graça
nenhuma, em comparação com o que me faz rir durante longo tempo e acho genial.
Porque ser humorista não é ser insolente,
mal educado ou grosseiro como o são os humoristas que não têm graça nenhuma. Em
contrapartida, quantas vezes, perante certos cartoons, pensei em como gostaria
de ter sido eu a afazer aquilo… Muito tenho aprendido com alguns.
O que quer dizer é que tenho pena de que
Deus me não tenha concedido a graça de ser um humorista daqueles que, de facto,
o são e, se assim fosse, gostaria de ser como me dizem que eram aqueles que
morreram no atentado de Paris, perpetrado por fundamentalistas mártires, a quem
enganam com promessas de um céu cheio de farras e de outras coisas de que o
Profeta nunca falou!
Não posso crer que quem acredite em
Deus possa pensar que será agraciado por matar o seu irmão, por causar
sofrimento aos seus semelhantes e à sua própria família, imolando-se para,
depressa, chegar ao mundo da fantasia onde não sei quantas virgens e outras “delícias”
o esperam.
Mas não sei se posso ter esperança de passar a
ver coisas muito diferentes das que vejo com estes atentados levados a cabo por
infelizes iludidos que, cometendo-os, esperam ter como prémio a felicidade que cada
vez menos se encontra neste mundo que se está a tornar numa idiotice
insuportável.
Eu espero que Alá ilumine este mundo que
parece disposto a mergulhar nas trevas de um imenso inferno onde todos podemos ir parar.
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