ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

TORNAR-SE-Á A GRÉCIA UM EXEMPLO OU UM PROBLEMA?


Obviamente, uma “união” como a europeia pretende ser, deve ter regras sem as quais seria um pandemónio. Se as regras que existem são boas ou más, é uma outra questão que os representantes dos países que a integram terão de resolver e, se necessário, corrigir, porque nada nasce perfeito.
Pareceu-me, ao longo do tempo em que a União Europeia existe, que ao estabelecimento e sedimentação de tais regras se sobrepôs uma ânsia de alargamento que, ao ritmo acelerado com que foi feito, só poderia dar confusão.
Não se fizeram as coisas com o tempo que as coisas bem feitas reclamam e formou-se a zona da moeda única sem os cuidados que, agora se vê, foram descuidados.
Os economicamente mais fortes pela necessidade urgente de alargar a sua área de influência num mundo em que despertam “gigantes” que os podem tornar pigmeus e os mais fracos na esperança de por eles serem rebocados, juntaram-se sem avaliar os riscos de algumas das decisões que tomaram.
Agora, como que num pelotão de coxos, cada um corre como pode ou lhe apetece, longe da sintonia com que deveriam correr. E os afastamentos são inevitáveis. Porque tanto se cansam os que puxam como os que são arrastados, o pelotão corre o risco de se desintegrar sem cumprir o objectivo a que se propôs.
Será a Grécia quem primeiro abandonará este barco que, na regata furiosa da economia mundial, vai ficando para trás? Quase por certo se das eleições que se vão seguir sair vencedor aquele partido que as sondagens mais destacam, o Sirysa, mas também não faço ideia do que sucederá se for outro a ganhar.
É possível que a Grécia abandone, pelo menos, a zona euro. Mas nem imagino quais sejam as consequências que isso terá.
Será que, como diz Rui Machete, a saída não trará problemas de monta para Portugal ou, pelo contrário, será problemática para toda a zona euro?
Que muita coisa terá de ser mudada, disso me restam poucas dúvidas, se algumas.
Mas continuo a verificar que “pensar as coisas” para que sejam boas para todos, não vejo que seja o forte dos políticos que preferem ir apenas mudando para ver no que vai dar…
É, afinal, como um negócio que, como se costuma dizer, só é bom se for bom para os dois.
Então por que haverá sempre alguém que se trama?


Sem comentários:

Enviar um comentário