ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

É POSSÍVEL FAZER OMELETES COM O OVO QUE A GALINHA NÃO PÔS?

As cartas estão lançadas! O Syrisa venceu as eleições na Grécia e começa um tempo de prova de novas teorias que pode ser da maior utilidade para a Europa e particularmente para Portugal. Ou poderá ser um desastre, quem sabe!
Uma relação de causa/efeito muito discutida poderá esclarecer-se agora, para que todos fiquemos a saber se é a austeridade que provoca a crise ou se foi a crise que o esbanjamento gerou que tornou inevitável a austeridade.
O velho dilema do ovo e da galinha tem, agora, uma nova forma de discussão.
Não há dúvida de que a Grécia atingiu uma situação insustentável, talvez impossível de resolver sem medidas especiais cujas causas, ao contrário do que se possa dizer, não vem apenas destes tempos em que a Troika lhe impôs as condições que tinham como objectivo travar a indisciplina característica do modo de vida grego.
Tal como em Portugal me pareceu inevitável uma crise séria que um modo de viver excessivamente permissivo não poderia deixar de gerar, também na Grécia aquele modo de viver que não cumpre regras não poderia deixar de conduzir a uma também.
Como vai a Grécia sair da embrulhada em que se meteu, eu não faço a mínima ideia.
Como vai o novo governo acabar com a austeridade, nem imagino. 
Mas porque, por aquilo que a vida me ensinou, um autêntico milagre seria preciso para que Alexis Tsipras cumpra as suas promessas eleitorais, fico a aguardar o que venha a acontecer pois, apesar do muito que já vi na vida, estou longe de ter visto tudo, especialmente este “fazer omeletes sem ovos” a que o novo primeiro-ministro grego se propõe.
Ou será que está a contar com o ovo que a galinha não pôs?


Sem comentários:

Enviar um comentário