Parece ter pegado a moda
de cantar a Grandola Vila Morena aos ministros que, pelo país fora, tentam
fazer o seu trabalho de esclarecimento, o que todos deveríamos estar dispostos
a escutar para podermos, em bom juízo, formar uma opinião sobre a bondade ou a
maldade do Governo que temos e que, com mais ou menos sucesso, tenta afastar a “crise”
que veio para ficar!
Ainda que fora dos locais
próprios para as manifestações deste tipo, nada demais, apesar disso, se terá
passado que pusesse alguém em perigo ou evitasse, definitivamente, que a missão
fosse cumprida, a menos o que se passou com Miguel Relvas.
De facto, este Ministro ao
qual competiriam funções da maior importância dentro da função governativa,
pouco mais tem sido do que um peso morto ou mesmo um fardo pesado que Passos
Coelho não quer ou não tem como evitar.
A sua falta de habilidade
e de tacto político foi já amplamente demonstrado em variadíssimas ocasiões e a
má vontade que em si concentra não lhe permite as condições em que as funções
que lhe são próprias sejam bem desempenhadas.
Muito se fala de como
Relvas terá refém Passos Coelho ou, mesmo até, todo o governo que, assim, dele
se não consegue livrar. Nisso, parece que a habilidade de Relvas fica clara e bem
demonstrada.
Mas, para além de tudo
isto que, sem dúvida, me preocupa, fico ainda mais preocupado com a resiliência
de alguém ao ambiente hostil que lhe foi criado sem, em consequência, reagir do
modo como se esperaria que alguém nessa situação reagisse. Não compreendo como
a situação lhe não seja penosamente desagradável nem que a percepção de tamanha
contrariedade o não leve a tomar a única atitude sensata que é afastar-se de um mundo que não o
deseja.
Sem comentários:
Enviar um comentário