A quem Paulo VI não fez
sentir saudades de João XXIII e Bento XVI não fez desejar que João Paulo II continuasse aquele Papa vigoroso e humano que o mundo admirou? Talvez a quem não sente que a Igreja Católica tem de evoluir
em conformidade com o tempo que nunca pára e não espera por quem não tem
coragem para viver em conformidade com ele!
A Igreja Católica não pode,
obviamente, abdicar dos seus princípios, mas não pode, apesar disso, esquecer a
actualização das suas práticas, esquecer os erros que cometeu, como não deve
menosprezar os desafios novos que enfrenta a cada dia que passa e não pode
deixar entregues a tantas crendices fraudulentas as “ovelhas” que não consegue
manter no seu “rebanho”.
São tempos difíceis os que
a Igreja Católica vive, como acontece com as demais religiões cristãs que
enfrentam um mundo complicado, ao qual não podem deixar de corresponder com
práticas adequadas aos anseios de quem precisa de apoio e de esperança para
enfrentar a vida cada vez mais dura.
Por tudo isto anseio por
um Papa que seja um verdadeiro “pescador” como o foi Pedro em cuja cadeira se sentará,
que seja um conhecedor da Humanidade que, cada vez mais, precisa de motivos de
esperança e que seja um hábil gestor da Fé que terá de passar de obscura a
compreendida.
Mas preocupam-me as “politiquices”
a que o Vaticano actual tresanda e os preconceitos que, desde logo, começaram a
orientar a escolha do futuro Papa que precisará de muita força para
reencaminhar a Igreja Católica, a força que Bento XVI sentiu já não ter para a
governar, porque há uma tarefa imensa para realizar, problemas terríveis para
resolver e, sobretudo, uma difícil actualização de procedimentos que já tarda.
Veremos quem irá calçar as
“sandálias” do Pescador.
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