Já um dia aqui me dediquei
a reflectir sobre “o equívoco do
socialismo” que, afinal, se revela nos efeitos de uma política conduzida
por chavões e onde a realidade não conta.
Não admira, pois, que
António Costa diga agora, pois tarde o percebeu, que o PS não está mal e que
tem um problema de afirmação…”.
Ambos dizemos a mesma
coisa, afinal!
Mas há uma diferença
fundamental, abissal no seu tamanho, entre as razões por que o dizemos. Ele
pode julgar-se capaz de alterar a situação, de fazer a vida andar para trás na
convicção de uma abundância que não existe, enquanto eu sei que ela não tem
retorno porque a exiguidade natural sempre faz das benesses com que os
socialistas convencem multidões, a força que nos arrasta para os buracos onde, sempre, dolorosamente.
acabamos por cair.
Esta é a prova que a História já
fez, mas que os socialistas pretendem fazer esquecer com a conversa que sabe
bem a quem julga poder ter a “dolce” vita” de emprego sem riscos, de direitos
apenas conquistados na luta política mas sem o trabalho que a luta pela vida impõe e tantas coisas que o crédito despesista consentiu, mas
depressa se esquece do trabalho de sobrevivência a que a vida nos obriga,
porque é essa a nossa condição de seres que fazem parte de uma realidade
finita.
Tudo porque é mais fácil usar o que é dos outros do que, com trabalho, procurarmos alcançar o que desejamos.
Tudo porque é mais fácil usar o que é dos outros do que, com trabalho, procurarmos alcançar o que desejamos.
Daí não poder o PS
afirmar-se para além dos compromissos que um seu governo assumiu por não poder
continuar a política “socialista” que arruinou Portugal.
Sem influências
obscurantistas, facilmente reconheceremos que não será possível prosseguir um
caminho de conquistas que apenas se estende por um enorme deserto de meios e de
ideias.
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