Os Estados Unidos da
América colocaram em tribunal a agência de rating Standard & Poors,
acusando-a de fraude que conduziu à crise económica. Este será, pelas entidades
envolvidas, um mega processo judicial que vai, por certo, dominar as atenções
no mundo inteiro.
Para ter a dimensão que
deveria ter, esta atitude dos Estados Unidos não deveria eleger, como alvo, apenas
a S&P, mas sim outras agências e bancos que manipulam mercados e, desse
modo, distorcem as condições em que deveriam funcionar.
Foi um processo longo de
perversão do mercado e a enganar os investidores que, pelos efeitos que teve, levará
muito tempo a reverter.
Não será fácil, sem
colocar toda a economia de pantanas, acabar rapidamente com as consequências do que fizeram os mentores destas patranhas que
distorceram o mundo financeiro e podem tornar-nos, a todos, vítimas indefesas
das suas ganâncias.
Cá entre nós, mais
pequeninos, as coisas não atingem tamanhas dimensões, mas também se fazem
porque aqui, como em toda a parte, há daqueles espertalhões que conseguem “a
multiplicação dos pães e dos peixes” de que, apenas, julgávamos Cristo ser capaz e,
deste modo, confirmam o velho ditado “quem cabritos vende mas cabras não tem…”.
O caso BPN, possuído pela
famosa SLN, que já custou dinheiro demais aos contribuintes é paradigmático.
Teve um administrador que não deu conta dos desmandos que se faziam. Teve como
prémio fazer parte do Governo.
Ao Banco de Portugal que
tem, entre as suas missões, o dever de controlar a banca, também passaram despercebidas
as monstruosidades que se praticavam e o seu Presidente teve como recompensa um
lugar na administração do Banco Central Europeu!
Não me parece que seja
deste modo que se ataca e vence o polvo! Assim, deixa-se que cresça.
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