O
assunto do momento é, sem dúvida, a demissão dos órgãos sociais
do Sporting Clube de Portugal, dando origem a novas eleições, já
marcadas para o próximo dia 23 de Março.
A
contestação à gestão desastrosa de Godinho Lopes que mostrou, de
modo claro, uma total incapacidade para conduzir um Clube como o
Sporting, parece ter saido vencedora e o presidente indesejado acabou
por aceitar a demissão.
Não
sei se fiquei ou não supreendido com este acordo que, muitos dizem,
vai serenar o Sporting e permitir, assim, uma campanha eleiroral
pacífica e esclarecedora. Aliás, esta é a forma que o Sporting
mais recente sempre encontra para passar por cima dos problemas que
se vão acumulando sem qualquer solução e, tal como acontece na
Natureza, atingirão, um dia, um ponto de ruptura que originará um
cataclismo.
O
Sporting está envolvido em estranhas aventuras ao longo de muitos
anos, tantos quantos dura a “dinastia roquete”, que o
transfiguraram a ponto de chegar à vida tormentosa e quase
humilhante que hoje tem.
Por
isso e apesar da maior ou menor agitação que pudesse provocar, a
AGE marcada e agendada dever-se-ia ter realizado, dela resultando a
“continuidade” da “linhagem” que vem destruindo o Sporting ou
a “ruptura” indispensável para acabar com ela.
Godinho não aceitaria o acordo feito se sentisse a menor hipótese de sair vitorioso da AGE que conseguiu evitar.
Godinho não aceitaria o acordo feito se sentisse a menor hipótese de sair vitorioso da AGE que conseguiu evitar.
Por isso eu não creio, nem ele, que a “linhagem” continuasse e nem sei, mesmo, se se
atreveria a estar presente na "batalha" da reconquista da
independência do Sporting.
Não
sou adivinho que possa saber o que se passará a partir de agora que
Godinho afastou a contestação e terá o seu tempo para desenvolver
uma estratégia de sobrevivência que a AGE lhe não consentiria.
Todos
sabemos a situação melindrosa em que as finanças do Clube se
encontram, do modo como estão “presas por arames” as peças mais
delicadas desta “máquina” que o tempo foi tornando obsoleta
e como a auditoria mandada fazer por Godinho deixou sem respostas
muitas das principais questões.
O
que sucederá nestes cerca de 45 dias até à próximas eleições?
Não
faço a mínima ideia e, por isso, o acordo feito só me deixaria um
pouco mais tranquilo se uma “comissão directiva” governasse,
entretanto, o Sporting ou, no mínimo, uma “comissão de
acompanhamento” fosse tomando conhecimento próximo das ocorrências
e das decisões que vão ser tomadas, para evitar mais trapalhadas.
Trapalhadas que, por certo, mais uma vez vão acontecer.
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