ACORDO ORTOGRÁFICO

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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

UMA VITÓRIA DE PIRRO?

O assunto do momento é, sem dúvida, a demissão dos órgãos sociais do Sporting Clube de Portugal, dando origem a novas eleições, já marcadas para o próximo dia 23 de Março.
A contestação à gestão desastrosa de Godinho Lopes que mostrou, de modo claro, uma total incapacidade para conduzir um Clube como o Sporting, parece ter saido vencedora e o presidente indesejado acabou por aceitar a demissão.
Não sei se fiquei ou não supreendido com este acordo que, muitos dizem, vai serenar o Sporting e permitir, assim, uma campanha eleiroral pacífica e esclarecedora. Aliás, esta é a forma que o Sporting mais recente sempre encontra para passar por cima dos problemas que se vão acumulando sem qualquer solução e, tal como acontece na Natureza, atingirão, um dia, um ponto de ruptura que originará um cataclismo.
O Sporting está envolvido em estranhas aventuras ao longo de muitos anos, tantos quantos dura a “dinastia roquete”, que o transfiguraram a ponto de chegar à vida tormentosa e quase humilhante que hoje tem.
Por isso e apesar da maior ou menor agitação que pudesse provocar, a AGE marcada e agendada dever-se-ia ter realizado, dela resultando a “continuidade” da “linhagem” que vem destruindo o Sporting ou a “ruptura” indispensável para acabar com ela.
Godinho não aceitaria o acordo feito se sentisse a menor hipótese de sair vitorioso da AGE que conseguiu evitar.
Por isso eu não creio, nem ele, que a “linhagem” continuasse e nem sei, mesmo, se se atreveria a estar presente na "batalha" da reconquista da independência do Sporting.
Não sou adivinho que possa saber o que se passará a partir de agora que Godinho afastou a contestação e terá o seu tempo para desenvolver uma estratégia de sobrevivência que a AGE lhe não consentiria.
Todos sabemos a situação melindrosa em que as finanças do Clube se encontram, do modo como estão “presas por arames” as peças mais delicadas desta “máquina” que o tempo foi tornando obsoleta e como a auditoria mandada fazer por Godinho deixou sem respostas muitas das principais questões.
O que sucederá nestes cerca de 45 dias até à próximas eleições?
Não faço a mínima ideia e, por isso, o acordo feito só me deixaria um pouco mais tranquilo se uma “comissão directiva” governasse, entretanto, o Sporting ou, no mínimo, uma “comissão de acompanhamento” fosse tomando conhecimento próximo das ocorrências e das decisões que vão ser tomadas, para evitar mais trapalhadas. Trapalhadas que, por certo, mais uma vez vão acontecer.

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