Que as condições climáticas
indiciam profundas e rápidas mudanças é uma evidência inegável. Que mudanças
climáticas sempre aconteceram ao longo da vida da Terra é outra verdade que nos
permite, de algum modo, admitir que o “crescimento económico” excessivo não
será responsável por tal fenómeno como insistentemente se afirma. E foi este o
argumento que levou os Estados Unidos e alguns outros países a não se juntarem aos
esforços para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e levou outros
a recusá-los mais tarde, como, há alguns meses, sucedeu com o Canadá.
Mas não há já como desdizer que a
acumulação de “gases de estufa” na atmosfera acelerou muito um processo natural,
ao ponto de o tornar de consequências ainda não completamente identificadas
mas, com certeza, graves. De tal modo que os próprios Estados Unidos que sempre
recusaram estes efeitos, tomam, agora, a iniciativa de “luta contra as
alterações climáticas”, depois do reconhecimento de um fenómeno que a Ciência
já identificara e sob pressão do Presidente Obama que declarou “se o Congresso
não agir logo para proteger as gerações futuras, eu o farei”. Além disto, Obama
acrescentou que “vou orientar o meu gabinete para identificar acções executivas
que possamos adoptar, agora e no futuro, para reduzir a poluição, preparar as
comunidades para as consequências das alterações climáticas e acelerar a
transição para fontes mais sustentáveis de energia”.
Parece que os Estados Unidos vão,
finalmente, tomar a atitude que deveriam ter tomado há já anos, apesar do que é
de louvar esta atitude por parte do maior produtor mundial de gases com efeito
de estufa e, por isso, o maior responsável pelas consequências que trás.
É uma notícia que se deve saudar,
depois da que nos deu a conhecer que o “buraco na camada de ozono” que defende
a Terra de excessos de radiações perigosas, estava sensivelmente mais pequeno,
quase prestes a fechar, consequência da rápida reacção que, ao ser detectado, o
mundo teve.
Estaremos, ainda, longe do
conjunto de medidas que a situação ambiental e a exaustão de recursos exigem
para controlar problemas desastrosos, mas talvez o mundo acorde a tempo de evitar
que os danos já causados pela Humanidade a si própria se tornem maiores, ainda.
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