Considerando as correntes
originais do BE esgotadas, Louçã e outros fundadores do Bloco propõem agora uma
nova via, o socialismo.
Esta atitude faz-me
lembrar o “carro vassoura” que, nas corridas de ciclismo, vem lá atrás para
recolher os que se atrasam demais.
Também há aqueles que
nunca mudam porque nem sabem para onde mudar porque a sua inspiração há muito
que desapareceu e ficaram, qual um vagão abandonado na linha porque a
locomotiva descarrilou, à espera de nada ou de qualquer ajuda que não vem.
Enfim, já estão no carro vassoura, mesmo que o não saibam, e deixaram para o BE
o lugar do último que, um dia, o atirará para ali, também.
Uns e outros, são os que
se não dão conta de que o mundo muda, que para além da truculência política
existem outras coisas e razões que fazem parte do universo de considerandos a que devemos atender para pensar o futuro.
Vai o BE converter-se a
uma ideologia que o tempo mostrou não passar de uma visão de um mundo que na
Terra não existe. De uma utopia irrealizável.
Abraçarão, tão só, a
social-demagogia que leva tantos a pensar poder existir um paraíso na Terra
onde a sobrevivência apenas se consegue com muito esforço e trabalho.
Nada nos é garantido. Por
tudo teremos de lutar. Mas se o quisermos conseguir, teremos de lutar a luta
certa. Não a das visões miríficas das conquistas políticas que apenas a
Constituição garante, mas a da sustentabilidade de uma vida digna num meio que
lhe é cada vez menos favorável em consequência de tanto esbanjamento que a
leviandade causou.
Aliás e fazendo jus ao
título que escolhi, mostram os factos que não há sobredotados. Parecem-no os
que fazem a batota que leva o corpo a dar o que não deve mas, depois, faz muita
falta.
Uns dopam-se e vão lá na
frente à espera de um sucesso que acabará por não o ser, outros sonham com
milagres e vão lá na cauda à espera do carro-vassoura que já não vem longe.
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