Há quanto tempo se diz que
a RTP precisa de mudar, pois não pode ser aquele sorvedouro de dinheiro que
sobrecarrega os cidadãos deste país.
Muda isto e muda aquilo,
mas nada consegue meter na ordem este gigante que, mesmo assim, não consegue,
sequer, aproximar-se do líder de audiências que, valha-nos Deus, tem uma
programação cada vez de mais baixo nível.
Por isso não fico admirado
quando Alberto da Ponte, director da RTP, afirma, numa entrevista ao Diário de
Notícias que “continuo a ver na RTP profissionais que trabalham 13 a 14 horas
por dia e continuo a ver na RTP profissionais que não trabalham puto", acrescentando
que "isso é uma situação que tem de ser corrigida e vai ser corrigida
através de uma avaliação que vai ser feita".
Em quase todas, ou mesmo
em todas as grandes empresas há quem se “esconda” do trabalho e, deste modo,
nada ou muito pouco faz. É uma regra que não vale a pena negar. Todos sabem que
é assim, mas todos julgam ser seu dever de camaradagem, fingir que é mentira!
Por isso, Alberto da Ponte
“não descobriu a pólvora”, tal como não é nada de estranhar a reacção da
Comissão de Trabalhadores que considera inéditas as declarações do
presidente da estação” e vai
reunir-se hoje para debater uma posição concertada. Vai, com certeza, ser uma
posição diferente de todas as outras que, por mais novas formas de luta que
sejam, sempre acabam na “inédita” greve!
Inédito
seria que, reconhecendo a brutal disparidade entre os custos da empresa e o que
ele produz, os trabalhadores reconhecessem que teriam de lutar por ela, de se
esforçar mais para a tornar capaz de cumprir os seus propósitos, justificar as
suas remunerações ou, até, mesmo, melhorá-las!
São
as tretas do costume que me fazem descrer da seriedade com que certas coisas se
fazem, sobretudo quando os trabalhadores lutam pelos seus direitos, por aqueles
que, realmente, têm.
Mas
que não se esqueçam das oportunidades perdiadas, dos muitos que ficaram sem
trabalho em consequência destas fantasias revolucionárias que nunca dão bom resultado.
Melhor
será olhar, mesmo, para a verdade.
Há quanto tempo se diz que
a RTP precisa de mudar, pois não pode ser aquele sorvedouro de dinheiro que
sobrecarrega os cidadãos deste país.
Muda isto e muda aquilo,
mas nada consegue meter na ordem este gigante que, mesmo assim, não consegue,
sequer, aproximar-se do líder de audiências que, valha-nos Deus, tem uma
programação cada vez de mais baixo nível.
Por isso não fico admirado
quando Alberto da Ponte, director da RTP, afirma, numa entrevista ao Diário de
Notícias que “continuo a ver na RTP profissionais que trabalham 13 a 14 horas
por dia e continuo a ver na RTP profissionais que não trabalham puto", acrescentando
que "isso é uma situação que tem de ser corrigida e vai ser corrigida
através de uma avaliação que vai ser feita".
Em quase todas, ou mesmo
em todas as grandes empresas há quem se “esconda” do trabalho e, deste modo,
nada ou muito pouco faz. É uma regra que não vale a pena negar. Todos sabem que
é assim, mas todos julgam ser seu dever de camaradagem, fingir que é mentira!
Por isso, Alberto da Ponte
“não descobriu a pólvora”, tal como não é nada de estranhar a reacção da
Comissão de Trabalhadores que considera inéditas as declarações do
presidente da estação” e vai
reunir-se hoje para debater uma posição concertada. Vai, com certeza, ser uma
posição diferente de todas as outras que, por mais novas formas de luta que
sejam, sempre acabam na “inédita” greve!
Inédito
seria que, reconhecendo a brutal disparidade entre os custos da empresa e o que
ele produz, os trabalhadores reconhecessem que teriam de lutar por ela, de se
esforçar mais para a tornar capaz de cumprir os seus propósitos, justificar as
suas remunerações ou, até, mesmo, melhorá-las!
São
as tretas do costume que me fazem descrer da seriedade com que certas coisas se
fazem, sobretudo quando os trabalhadores lutam pelos seus direitos, por aqueles
que, realmente, têm.
Mas
que não se esqueçam das oportunidades perdiadas, dos muitos que ficaram sem
trabalho em consequência destas fantasias revolucionárias que nunca dão bom resultado.
Melhor
será olhar, mesmo, para a verdade, porque precisamos de uma RTP que cumpra os seus objectivos e dignifique Portugal. É no alcance destes propósitos que os trabalhadores são indispensáveis.