ACORDO ORTOGRÁFICO

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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

HÁ NATURALIDADE NA COADOPÇÃO HOMOSSEXUAL?

Tal como quando se discutiu e decidiu a questão do casamento homossexual, também agora, a propósito da “coadopção”, voltam a ser discutidas questões que envolvem o conceito de “Família” e, até, de “Sociedade”.
Discutiu-se em Portugal, num passado recente, o significado de “casamento” que, tradicionalmente, significava a união legal entre um homem e uma mulher, condição indispensável para a continuação da espécie; discute-se, agora, se um par de homens ou par de mulheres pode ser a base de uma família e ter os filhos que, por uma intransponível razão natural, não podem ter.
Se, no caso do “casamento homossexual”, a questão pode ser colocada de um ponto de vista civilizacional, julgando-se como uma evolução positiva o reconhecimento legal de um “amor” que, naturalmente, exista, já no caso da coadopção se trata de uma questão de Natureza que uma disposição legal não pode, de modo algum, alterar.
Se a adopção por casais heterossexuais é um mal menor em certos casos em que crianças ficam sem o aconchego da sua família natural que é substituída por outra idêntica, já no caso de casais homossexuais a situação se altera, gerando uma situação que não reflecte a naturalidade da existência de uma espécie e a razão de ser da existência de uma família.
Assim sendo e para além das questões naturais que se colocam, parece-me tratar-se de alterar a realidade natural por via legal, afectando o conceito de família e, mesmo até, da sociedade como sempre a conhecemos.
Por isso, trata-se de uma alteração profunda sobre a qual a sociedade se deve pronunciar, até porque não dei conta de, em alguma eleição, ter sido votado qualquer programa que propusesse claramente tal alteração legal e, deste modo, transferisse para a competência da AR a decisão de aprovar ou reprovar a coadopção. Trata-se de uma alteração demasiadamente profunda sobre a qual a sociedade deve reflectir e, depois disso, tomar uma decisão.
Mas o problema existe e, mesmo sem coadopção, devem ser encontradas soluções para os problemas que colocam sem que seja pervertida a ordem natural que é a razão de ser da existência da Humanidade.


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