Estamos a uns poucos meses do final do resgate financeiro pedido por Sócrates e que Passos Coelho tem tentado resolver, com menos ou mais sucesso, para o que teve de submeter-se à vontade dos “resgatantes”, a Troika, que, se não governa formalmente Portugal, condiciona fortemente o modo como se governa!
A Troika não é,
propriamente, o amigo que, numa hora difícil, nos estende a mão, nem são os problemas de Portugal que a
afligem. Preocupa-se, isso sim, com os problemas que uma falência de Portugal
poderia causar num sistema financeiro internacional que, ele também, anda pelas
ruas da amargura, sem que lhe interessem os problemas sociais que as imposições
que fazem possam trazer.
Permitindo uma ou outra “derrapagem”
já impossível de evitar, a menos que nos procedimentos a que nos tem obrigado
passasse a incluir-se o assalto ou o roubo às claras como fizeram em
Chipre, a Troika é o agiota mesquinho que não soubemos enfrentar com a força que desbaratámos em estúpidas querelas partidárias que, tudo mo faz crer, atingirão,
em breve, o seu ponto alto porque o desejo de governar do PS é incontrolável.
Mas, uma vez mais iremos à
romaria cheios de fé para regressarmos com a canseira e com a desilusão do costume,
porque nada, mesmo nada, será diferente depois. Como de costume, são maiores as
mazelas que trazemos do que aquelas que levámos.
Com Troika ou sem Troika,
temos compromissos assumidos, dos quais nos não consentirão o esquecimento. Continuaremos
a ter de cumprir o que nos impuserem num novo resgate ou num programa de
assistência cautelar qualquer que nos sugará o pouco que ainda temos. Tal como Hollande
em França que prometeu o que não podia cumprir, Seguro ou outro qualquer, em Portugal, seguirão o mesmo rumo que, por força de quem pode e estupidez nossa, temos levado.
Bem melhor teria sido uma
frente comum que se dedicasse a analisar e a por em prática a forma melhor de
fazer as coisas, do que as lutas intestinas entre a teimosia de uns e a ambição de outros, que nos deixaram à mercê dos vampiros que engordam com os nossos disparates.
Estupidamente, queremos resguardar-nos em leis que não são as de quem, por fraqueza nossa, nos impõe o cumprimento de compromissos que assumimos para pagar os gastos que fizemos. São leis que nós próprios fizemos na ilusão de uma riqueza que não temos e, por elas, chegámos ao ponto de ruptura do qual ainda nem sequer totalmente nos livrámos!
Estupidamente, queremos resguardar-nos em leis que não são as de quem, por fraqueza nossa, nos impõe o cumprimento de compromissos que assumimos para pagar os gastos que fizemos. São leis que nós próprios fizemos na ilusão de uma riqueza que não temos e, por elas, chegámos ao ponto de ruptura do qual ainda nem sequer totalmente nos livrámos!
Impuseram-nos condições
que, se parecem aliviar o défice aumentam a dívida pública, além de nos terem
já levado, em juros que engordam os agiotas, mais do que as supostas ajudas
europeias nos possam ter dado porque, como sempre, a riqueza de uns se faz da
pobreza de outros quando não há solidariedade.
É esta luta, de galos
tontos pela tomada do poder num galinheiro que nem galinhas quase tem, que iremos alimentar em próximas eleições que
apenas nos trarão, ainda, mais apertos!
O futuro próximo o dirá!
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