ACORDO ORTOGRÁFICO

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domingo, 26 de janeiro de 2014

O HUMORISMO IGNORANTE

Crescem como cogumelos os programas de humor em Portugal. Mesmo sendo o humor autêntico um acto de inteligência do qual nem todos são capazes, há tolos que o pretendem produzir nas catadupas de disparates que dizem.
A política é, porque sempre foi, campo fértil de inspiração, talvez mais de reinvenção de piadas que já fizeram o seu percurso com toda a razão de ser mas que hoje não passam de grosserias patetas e de mau gosto, sempre no jeito monótono a que cada “humorista” já nos habituou. A piada política tornou-se fácil e apetecível para os que têm que ter piada a horas marcadas! Por isso se tornou pirosa.
Mas, apesar de tudo, nem sequer intervenientes num processo de mudança conseguem ser porque não conseguem ir além do aproveitamento de circunstâncias para ganharem dinheiro fácil com coisas que nada acrescentam à cultura ou ao progresso, coisa que o humor inteligente pode fazer muito bem.
Escrevo isto na sequência de um “boneco” que ironiza o Governo pelo lançamento dos concursos das facturas com número de contribuinte que têm automóveis como prémios .
De facto, não deveria o Estado ter necessidade de prestar-se a tais procedimentos para que os cidadãos contribuintes e parte, também, do próprio Estado, reconheçam a necessidade de exigir que todos cumpram as suas obrigações no pagamento dos impostos que devem pagar, os quais, se eles não pagarem, pagaremos nós!
É piada fácil, é piada rasca mesmo para um procedimento pouco ortodoxo por parte do Estado, lamentável até se quiserem, mas a que a falta de civismo e de entendimento de muitos de nós obriga.


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